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DIA DA IMIGRAÇÃO JAPONESA: O Sul Mato Grossense conta a história dessa gente tão importante para o MS

Cultura japonesa é marcante nos sul-mato-grossenses desde a sua chegada no Estado, em 1910.

Por João Paulo Ferreira | 18 junho, 2021 - 12:13

Nesta sexta-feira (18) completam-se 113 anos da imigração japonesa para o Brasil. Foi nessa data que o navio Kasato Maru aportou em Santos, trazendo mais de 700 agricultores para as fazendas do interior paulista. Mato Grosso do Sul tem uma das maiores colônias japonesas do Brasil, e hoje O Sul Mato Grossense traz pra você um pouco da história dessa gente que é parte tão importante da nossa sociedade, e que tanto influenciaram e influenciam na nossa cultura.

Na primeira leva de japoneses a bordo do Kasato Maru, das 781 pessoas, 325 eram de origem okinawana. Os primeiros japoneses no Mato Grosso (a divisão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul só ocorreu em 1977) começaram a chegar na região juntamente com a construção da estrada de ferro, a partir de 1910.

Campo Grande foi um dos importantes núcleos de imigrantes de Okinawa, que chegaram à região atraídos pelos bons pagamentos. A diária média dos trabalhadores não passava de 3 mil réis, mas, como operários da estrada de ferro, poderiam ganhar 5 mil réis. Foi por conta disso que 75 imigrantes aceitaram trabalhar no assentamento dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no então Estado do Mato Grosso.

Imigrantes começaram a chegar na região com a construção da estrada de ferro

Em Santos, tomaram um navio cargueiro da companhia que rumou ao Sul do Brasil e, pelo Rio Paraguai, chegaram ao destino, Porto Esperança, 26 dias depois. Isso foi em 1909. Outros japoneses vindos da Argentina e do Peru também se juntaram ao grupo.

As obras ficaram prontas em 1915. E foi a partir disso que a estação Campo Grande passou a ser destacar, principalmente porque os operários acabaram se fixando na região. Mas o primeiro morador japonês fixo em Campo Grande, hoje capital sul-matogrossense, foi Kosho Yamaki, que chegou à cidade em maio de 1914 (ele viera do Peru). Ele adquirira, na época, uma pequena chácara que pertencera a Koshiro Ishibashi, que nunca fixou-se na cidade.

Distante de 5 a 8 quilômetros dali, os japoneses descobriram a fertilidade da Mata do Segredo e, a partir de 1917, sete famílias iniciavam o núcleo pioneiro da Colônia Segredo. Novos núcleos de colonizadores (a maioria de okinawanos) começaram a surgir, principalmente após a instalação do quartel militar em Campo Grande, entre 1920 e 1922. Aumento da população (incluindo os soldados), demanda de capim e verdura aos cavalos propiciou o surgimento de pequenos agricultores em torno da cidade.

Em toda a história da imigração japonesa em Campo Grande, foram criados 23 núcleos. A primeira foi Chacrinha, fundada em 1914. As seguintes foram Mata do Segredo (1917), Bandeira (1918), Imbirussú (1920), Mata do Prosa (1924), Cascudo (1925), Mata do Ceroula (1926), Rincão (1927), Buracão (1929), Lagoinha (1939), Salobra (1939), Córrego da Anta, Patelinho, Rochedinho (1940), Indubrasil, Sidrolândia (1941), Bonfim (1942), Rio Negro (1953), Quebra Coco (1955), Yamato (1956), Várzea Alegre (1959), Dois Irmãos (1959) e Três Barras (1960).

Outro pólo importante da imigração japonesa no então Mato Grosso foi a cidade de Dourados. Lá, os japoneses chegaram em 1935. Em 1946 vieram do Estado de São Paulo Mineji Saito, Jooji Eguti, Benkiti Kakuda e Hidekiti Dokko. Na época em que estava sendo implantada a Colônia Agrícola de Dourados, projeto fundiário para assentar 10 mil famílias nordestinas em lotes de 30 hectares, Yassutaro Matsubara, que residida na cidade de Marília, conseguiu junto ao presidente Getúlio Vargas a destinação de 1 mil lotes para os japoneses.

As primeiras atividades realizadas pelos japoneses na região foram culturas de arroz, feijão, milho e mandioca e culturas de subsistência. Por conta da colonização, surgiram também em Dourados alguns núcleos coloniais: Laranja Lima, Kyoei e Matsubara.

No atual Mato Grosso, os japoneses chegaram na década de 50, na antiga Gleba Rio-Ferro, em Feliz Natal. Os japoneses, levados à região também por Yassutaro Matsubara, foram atraídos pela oportunidade de cultivo à produção da borracha.

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