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Guavira: Um símbolo do Mato Grosso do Sul

Saiba tudo sobre a fruta que desde 2017 é um emblema do nosso Estado

Por João Paulo Ferreira | 5 fevereiro, 2020 - 17:21

Em 2017 a guavira se tornou símbolo oficial do Mato Grosso do Sul. Lei proposta pelo deputado estadual Renato Câmara (PMDB) transformou a fruta em emblema do Mato Grosso do Sul. A homenagem foi feita porque a fruta é abundante e apreciada no Estado.

Também conhecida como gabiroba, a guavira tem como nome científico Campomonesia adamantium. É isso mesmo, o nome oficial guavira é adamantium, o mesmo metal de que é feito o esqueleto praticamente indestrutível do personagem dos quadrinhos Wolverine. Isso se deve ao fato de ser conhecida como fruta da resistência, característica marcante também no mutante dos X-Men.

O título curioso foi dado porque as frutas começam a aparecer nos guavirais nativos depois da seca. Após esse período de pouca disponibilidade de água, a planta é uma das poucas a frutificar, por isso é reconhecida como resistente. Isso ocorre de setembro a novembro e a colheita precisa ser rápida. As frutas amadurecem ligeiramente e duram, no máximo, duas semanas.

Apesar de ser símbolo do Mato Grosso do Sul, a guavira pode ser encontrada no Distrito Federal e nos demais estados do Centro-Oeste, além de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. Às vezes aparece até mesmo nos estados da região Sul do Brasil, no Paraguai e na Argentina.

Guavira: a cara do Brasil

A planta apresenta as cores do Brasil: tem cachos verdes e amarelos. Os arbustos do vegetal variam de 30 centímetros a 2 metros de altura. O fruto é redondo e apresenta polpa amarelada quando maduro.
Na culinária, a guavira é utilizada in natura e na forma de sucos, geleias, doces e sorvetes. Os frutos são também matéria-prima para a fabricação de licor e vinho. Considerada uma planta medicinal pelos nativos do Mato Grosso do Sul, suas folhas e cascas são ingredientes de chás.

Origem da guavira

A guavira é uma planta nativa do Brasil, especialmente do Cerrado das regiões Sudeste e Centro-Oeste. A palavra “gabiroba”, como a planta é conhecida nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, vem dos termos tupi-guarani “wa’bi” + “rob”, que significam “árvore de casca amarga”. Por sua copa vistosa, é comumente usada em projetos de paisagismo como árvore ornamental.

A guavira possui muitos outros nomes. Dessa forma, talvez você a conheça como gabirobeira, gabirova, gavirova, goiaba-da-serra ou outros. Ademais, por ser encontrada em outros países da América Latina, também é comum ouvir variações do nome na língua espanhola, como guabirá.

Propriedades nutricionais da guavira

De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA) 100g do fruto produzido em Assis (SP), com maturação variada, contém 8,8 g de carboidrato disponível, 6,3g de fibra alimentar e 70 calorias. Dos minerais destacam-se o teor de selênio (120mcg) e potássio (209mg).  A guavira traz ainda em sua composição ferro, cálcio, fósforo e zinco.

Curiosidades sobre a guavira

É comum ouvir que “em época de guavira há muitas cobras”. Um dos motivos desse dizer popular é o fato de diversas espécies de aves procurarem os frutos, atraindo assim as cobras que se alimentam de pássaros.

Outra justificativa encontrada – essa sem nenhuma confirmação oficial – é que esse ditado foi criado para evitar que as mulheres fossem para o mato colher a fruta. Isso porque era comum que casais apaixonados usassem a colheita de guavira para conseguir namorar às escondidas.

Festival da guavira

Uma das cidades com maior potencial turístico do Pantanal, Bonito promove geralmente nos últimos meses do ano – época em que ocorre a frutificação – o Festival da Guavira. O evento tem como objetivo resgatar a cultura e a história da comunidade. Assim, já que a fruta representa a identidade da região, seu nome foi dado ao festival.

O evento promove apresentações musicais e teatrais, além de trazer palestras, exposições, comidas típicas e os mais diversos produtos derivados da fruta.

 

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