Por Redação | 12 fevereiro, 2020 - 10:45
O baratão de Corumbá ou barata d’água como é conhecido, pode passar dos 10cm de comprimento e possui um corpo largo e achatado, com coloração castanha e asas acinzentadas, o que facilita em sua camuflagem. As pernas dianteiras adaptadas para agarrar suas presas e as traseiras achatadas para facilitar a natação.
Para conseguir comer as suas presas, o baratão de Corumbá agarra suas “vítimas” com as patas dianteiras e injetam uma poderosa saliva digestiva que dissolve o interior da sua presa. Costumam se alimentar de caramujos, lesmas, girinos, salamandras, pequenos peixes e outros insetos, sugando seus líquidos orgânicos.
Apesar do seu nome vulgar, não são baratas, no sentido estrito, mas na verdade grandes “barbeiros” aquáticos. Sendo exímios caçadores os “baratões” podem nadar, voar e caminhar sobre o solo. Apesar de não causar sérios danos aos seres humanos, sua picada está entre as mais dolorosas do mundo.
Os “baratões” podem sair de seu habitat a noite para se acasalarem. Para atrair as fêmeas, os machos fazem uma série de movimentos periódicos perto da superfície da água, o que gera ondulações na água. Acredita-se que por serem animais que evoluíram orientando-se pelas estrelas, costumam ser atraídas por luzes brilhantes, o que faz com que se desorientem, voem em espiral e depois morram de exaustão. Por isso, é comum aparecerem baratas-d’água mortas embaixo de postes de luz. A cópula ocorre durante a primavera e os ovos são postos em plantas aquáticas ou em matéria vegetal em decomposição. Em algumas espécies, as fêmeas depositam os ovos sobre as costas dos machos, junto com um líquido de grande poder adesivo, obrigando-os a carregar os ovos até a eclosão. Acredita-se que isso ocorra porque os machos costumam consumir os ovos e, em suas costas, o acesso torna-se praticamente impossível.
18 abril, 2024
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