Por Viviane Freitas | 8 junho, 2023 - 7:30
A história remonta à fundação da cidade. Segundo consta, o fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira, era devoto de Santo Antônio.
No caminho, antes de chegar ao que seria Campo Grande, José Antônio Pereira e sua comitiva precisou parar no caminho, em Santana de Paranaíba, onde o povoado e os homens da caravana pioneira foram assolados por uma epidemia do que chamaram de “febre maligna”.
Devoto, José Antônio Pereira pediu intercessão à Santo Antônio e prometeu que, caso conseguisse ajudar a curar a doença e não perdesse nenhum homem, construiria uma igreja para o santo assim que chegasse ao novo povoado.
Ele já levava uma imagem do santo junto à comitiva.
José antônio Pereira era tido na época como bom médico, com conhecimentos em farmácia e homeopatia, e a doença que assolou parte do povoado foi extinta após ele recorrer ao santo.
Já estabelecido em Campo Grande, José Antônio Pereira deu ao novo povoado o nome de Santo Antônio de Campo Grande.
Ele cumpriu a promessa e construiu uma capela, de pau-a-pique, que foi inaugurada em março de 1878.
A capela foi erguida nas imediações do Córrego Prosa, onde mais tarde seria a esquina da Avenida Calógeras com rua 15 de Novembro, atual Travessa Lídia Baís, sendo a primeira casa de orações da cidade.
Ao longo dos anos, a igreja foi demolida e reerguida por pelo menos três vezes, devido as condições de segurança da estrutura e até para mudança de local.
Atualmente, a igreja de Santo Antônio está localizada na Travessa Lydia Baís, na esquina com a Rua 15 de Novembro, região central da Capital.
A igreja foi constituída como catedral metropolitana em 1991, na ocasião da visita do Papa João Paulo II à Campo Grande.
A partir desta data, o templo, que era denominado Matriz de Santo Antônio, passou a ser chamado de “Paróquia de Santo Antônio – Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Abadia”.
A imagem de Santo Antônio encontrada na igreja ainda é a original, trazida pelo fundador da cidade.
O dia 13 de junho foi instituído como dia do Padroeiro de Campo Grande, Santo Antônio de Pádua, pela Lei nº 3.901 de 29 de outubro de 2001, sendo, a partir de então, feriado municipal.
Conforme a justificativa do projeto apresentado na Câmara, a motivação é a forte ligação de Santo Antônio com a história da Capital.
Em dezembro de 2019, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou a Lei 5.458, que incluiu no anexo do Calendário Oficial de Eventos de Mato Grosso do Sul o Dia do Padroeiro do Município de Campo Grande, em comemoração ao Dia de Santo Antônio de Pádua.
No dia 13 de junho, quando reverencia-se o protetor da cidade, anualmente há procissões, missas especiais e festividades, como quermesses e o tradicional bolo de Santo Antônio, que é vendido com alianças escondidas e, diz a superstição, que quem encontra a joia, terá sorte no amor.
23 novembro, 2024
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