Por Viviane Freitas | 21 fevereiro, 2022 - 16:51
Um bom sul-mato-grossense adora uma mandioquinha, não é mesmo? Mas o preço elevado em 35% em Campo Grande, nos últimos 12 meses, vem assustando a população. Com o resultado, o Estado fica em terceiro lugar como maior índice entre as 16 capitais brasileiras.
Dayane Queiroz, por exemplo, sentiu na pele o aumento: ela possui uma empresa especializada em escondidinho de mandioca na capital. Segundo ela, em agosto de 2020, data que abriu o negócio, pagava entre R$ 2,20 e R$ 2,50 o quilo. Hoje, desembolsa R$ 4,00.
“Os fornecedores não estão baixando os preços de maneira alguma. Agora, entra a fase de chuva, aumenta ainda mais os preços (…) Neste momento, a gente tá tentando segurar o máximo que a gente pode para não repassar [o aumento] para os nossos clientes”, afirma.
Na empresa, o carro-chefe é o escondidinho de mandioca com carne seca. Por semana, Dayane usa 100 quilos do alimento. “Geralmente, eu peço em torno de 50 quilos na segunda-feira e 50/60 quilos na sexta-feira. Gasto, em média, R$ 500 por semana”, revela.
De acordo com o coordenador do programa de ATeG Horticultura do Senar-MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul), Dorley Pavei, a expectativa é de que os valores continuem altos por alguns meses devido ao tempo de cultivo.
“Como nós viemos por um período onde o preço da mandioca estava baixo, muitos produtores desanimaram de investir na cultura e não plantaram nas áreas pretendidas no seu planejamento. Com isso, reduziu-se os tamanhos das áreas plantadas e a quantidade de oferta do produto no mercado, mas agora com o aumento do preço, provavelmente, volte a plantar novamente; e quando a demanda é constante o preço tende a continuar subindo um pouco”, finaliza Pavei.
24 novembro, 2024
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