Por Redação | 30 outubro, 2023 - 10:58
De acordo com dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Mato Grosso do Sul tem passado por mudanças significativas no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito ao teletrabalho e ao trabalho via plataformas digitais.
A pesquisa estima que aproximadamente 23 mil pessoas no estado realizaram trabalho por meio de plataformas digitais no quarto trimestre de 2022. Isso corresponde a 1,1% da população ocupada do estado, que é de 1,2 milhão de pessoas. Em termos de rendimento, os trabalhadores “plataformizados” receberam, em média, R$ 5.155, um valor 85% superior ao rendimento médio dos não “plataformizados”, que é de R$ 2.786. Com este valor, o Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de maior rendimento médio real entre trabalhadores de plataformas.
No que se refere ao teletrabalho, a pesquisa aponta que 105 mil pessoas no Mato Grosso do Sul estão trabalhando remotamente, o que representa 7,5% da população ocupada do estado. Deste total, 83 mil pessoas são classificadas como teletrabalhadores, ou seja, fazem uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) como parte essencial de seu trabalho.
Além disso, a média de rendimentos das pessoas ocupadas que fazem teletrabalho no próprio domicílio é de R$ 5.680,00. Esse valor é 91% maior em comparação com as pessoas que não fazem teletrabalho do domicílio, cujo rendimento médio é de R$ 2.973,00.
Ao analisar a jornada de trabalho, os trabalhadores de plataformas digitais trabalham, em média, 42,4 horas semanais, enquanto o restante dos ocupados trabalha 41 horas. No caso dos teletrabalhadores, a carga horária semanal é, em média, 38,2 horas, contra 40,6 horas daqueles que não fazem teletrabalho.
Os dados revelam uma transformação no mercado de trabalho do Mato Grosso do Sul, com o aumento da participação de trabalhadores em plataformas digitais e em teletrabalho. Esses grupos apresentam rendimentos médios significativamente mais altos em comparação com os trabalhadores tradicionais, embora a carga horária semanal também seja maior, especialmente para os trabalhadores de plataformas.
23 novembro, 2024
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