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Banco do Brasil fecha 26 agências em Campo Grande durante greve nacional nesta quarta-feira

Funcionários realizam paralisação nacional contra o programa da empresa que propõe fechamento de 112 agências e 5.000 demissões

Por Redação | 10 fevereiro, 2021 - 15:48

Funcionários do Banco do Brasil realizam hoje uma paralisação nacional em protesto contra o programa de reestruturação da empresa que propõe o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5.000 pessoas.

Em Campo Grande, 26 unidades do BB – agências e escritórios – devem permanecer fechados.

O Banco do Brasil informou ao UOL que ainda está apurando o impacto da paralisação nos serviços nas agências. O estado de greve foi aprovado por 87% dos trabalhadores em uma assembleia virtual realizada na última sexta-feira (5). A decisão de paralisar as atividades foi reforçada ontem, depois de uma nova rodada de negociações intermediada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) terminar sem acordo.

De acordo com o secretário geral do SEEBCGMS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande MS e Região), Rubens Jorge de Alencar, não possível ter certeza se todas as agências estão fechadas, pois se trata de uma paralisação voluntária.

“Aquele bancário que quiser abrir a agência pode abrir, mas nossa expectativa é que todas estejam fechadas, inclusive todas as unidades já foram adesivadas informando a greve”, explicou Rubens.

Apesar da paralisação de hoje, os bancários afirmam que querem retomar o diálogo. “Mostramos que estamos dispostos a negociar. Acreditamos na via negocial e queremos continuar as tratativas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. Esse não é o primeiro ato contra reestruturação proposta pelo banco. Nos dias 15 e 21 de janeiro foram realizados atos nacionais contra as mudanças. Em 29 de janeiro foi realizada uma paralisação de 24 horas. A reestruturação anunciada pelo banco pretende desligar 5.000 bancários por meio do PDV (programa de demissão voluntária), fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento -, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa. Em um comunicado divulgado em janeiro, o Banco do Brasil afirmou que as medidas “buscam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócios, que contará com mais 14 agências exclusivas e novos 276 gerentes de atendimento dedicados. As ações também buscam aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios”.

A reorganização compreende ainda “medidas de otimização de estrutura descritas acima, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas de apoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais”, fala o comunicado do BB. A economia líquida anual estimada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

Dentro do plano, o BB também aprovou um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) para otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos em suas unidades, e um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. Até o dia 8, finalizadas as etapas de manifestação voluntária, mais de 5.000 desligamentos foram validados, segundo o banco.

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