Por João Paulo Ferreira | 15 outubro, 2024 - 14:57
A Caixa Econômica Federal anunciou novas regras para financiamentos de imóveis de até R$ 1,5 milhão. A partir de novembro, os compradores terão que oferecer um valor maior de entrada. De acordo com o banco, essas mudanças afetam os financiamentos feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para a compra ou construção individual de imóveis.
Entre as exigências, a Caixa financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), o que antes era 80%. Pelo sistema Price, o financiamento será de até 50%, uma redução em relação aos 70% atuais. Isso significa que o comprador terá que cobrir a diferença, elevando o valor da entrada.
As novas regras se aplicam a imóveis com avaliação ou valor de compra de até R$ 1,5 milhão e excluem quem já tem outro financiamento habitacional ativo com a Caixa.
Como ficam as novas regras
Com as alterações, o cliente deverá estar preparado para financiar uma parte menor do valor do imóvel. No modelo SAC, se um imóvel vale R$ 800 mil, a Caixa financiará R$ 560 mil, e o comprador deverá arcar com R$ 240 mil de entrada. Pelo sistema Price, o mesmo imóvel terá até R$ 400 mil financiados, exigindo que o comprador cubra os outros R$ 400 mil como entrada.
As regras atuais, válidas até o final de outubro, permitem financiamentos de até 80% do valor no sistema SAC e 70% no Price, o que significa entradas menores para os compradores.
Essas alterações, no entanto, não se aplicam a imóveis vinculados a empreendimentos financiados pelo banco, que continuam seguindo as condições vigentes.
Motivos das mudanças
As novas condições de financiamento surgem em um cenário de alta demanda por imóveis e aumento nos saques da caderneta de poupança, que financia os empréstimos via SBPE. Em setembro, a caderneta registrou R$ 7,1 bilhões em saques líquidos, segundo o Banco Central, marcando o terceiro mês seguido de retiradas significativas.
A Caixa informou que sua carteira de crédito habitacional pode ultrapassar o orçamento previsto para 2024, com a concessão de R$ 175 bilhões em crédito imobiliário até setembro de 2023, um crescimento de 28,6% em relação ao ano anterior. Com participação de 48,3% no mercado de financiamentos com recursos da poupança, o banco continua sendo o principal agente do setor.
A instituição destacou que está em busca de alternativas para expandir o crédito imobiliário no país, colaborando com o mercado e o governo para encontrar soluções que atendam à crescente demanda.
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