Por João Paulo Ferreira | 5 dezembro, 2024 - 18:52
A divulgação do Guia Salarial 2025, produzido pela consultoria Robert Half, trouxe à tona uma grande discrepância nos salários praticados em Campo Grande em comparação com outras cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto alguns cargos estratégicos em grandes centros apresentam remunerações elevadas, a realidade local destaca salários significativamente mais baixos, apontando para desafios estruturais e de qualificação no mercado regional.
De acordo com os dados do Guia Salarial 2025, a diferença salarial em cargos como analista de marketing pode chegar a impressionantes 613%. Em São Paulo, a remuneração para essa função pode alcançar até R$ 22.600 em grandes empresas. Já em Campo Grande, os salários para o mesmo cargo variam entre R$ 2.767 e R$ 3.170.
No setor de vendas, a disparidade também chama atenção. O salário médio de um vendedor em Campo Grande é de R$ 3.253, com uma faixa que vai de R$ 1.625 a R$ 12.700, enquanto nos grandes centros os valores podem ser significativamente mais altos. Funções como atendente comercial e assistente de vendas apresentam médias locais de R$ 1.394 e R$ 1.400, respectivamente, muito abaixo das projeções nacionais para posições similares.
Especialistas indicam que diversos fatores influenciam essa discrepância salarial entre Campo Grande e grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Entre eles, destacam-se:
Além de limitar a competitividade de Campo Grande no cenário nacional, essa discrepância salarial também afeta os profissionais locais. O guia ressalta que as projeções devem ser vistas como tendências nacionais e não como uma garantia de remuneração uniforme em todo o país. Ainda assim, elas funcionam como um alerta para empresas e trabalhadores.
Para os profissionais, investir em qualificação técnica é uma das principais estratégias para superar as barreiras do mercado local. Competências em análise de dados, marketing digital e habilidades estratégicas são especialmente valorizadas e podem abrir portas para melhores remunerações.
Já as empresas locais precisam adotar medidas para reter talentos e aumentar sua competitividade. Oferecer pacotes de benefícios, promover planos de carreira e estimular o crescimento interno são iniciativas que podem ajudar a fechar essa lacuna salarial e atrair mais profissionais qualificados.
Apesar das diferenças salariais significativas, especialistas veem potencial para Campo Grande se desenvolver e se tornar mais competitivo no futuro. Com políticas voltadas ao fortalecimento das empresas locais e à qualificação da mão de obra, a cidade pode criar condições para oferecer salários mais alinhados às médias nacionais.
Por ora, o desafio é equilibrar expectativas e realidade, incentivando tanto o investimento na qualificação dos profissionais quanto a criação de estratégias pelas empresas para reter talentos e aumentar a atratividade da região.
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