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Ceia de natal mais cara: confira o que aumentou e diminuiu de preço em pesquisa do IBGE

Alimentos e presentes tiveram aumento de preço menor que outros itens, com relação aos dados do ano passado

Por Viviane Freitas | 13 dezembro, 2021 - 9:47

A inflação alta ainda é um desafio para o orçamento de muitas famílias brasileiras. Segundo dados divulgados hoje (10) pelo IBGE, a inflação oficial acumula uma alta de 10,74% nos últimos 12 meses. O grande vilão é a gasolina, que acumula uma alta de mais de 50% em 12 meses.

Mas mesmo com tudo custando um pouco mais mais caro, um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), mostrou que o preço de alguns dos principais itens da Ceia de Natal e da lista de presentes dos brasileiros tiveram um aumento sim, mas em menor proporção que o IPCA, acumulando uma alta de 5,39% (IPC-DI/FGV de dez/20 a nov/21). Como comparação, no mesmo período do ano passado, a Inflação do Natal ficou em 13,51%.

O que mais puxou essa inflação foi o aumento dos alimentos, com uma variação média de 7,93% (IPC-DI/FGV de dez/20 a nov/21), apesar de bem menor que no mesmo período do ano anterior (28,61%). Nos últimos 12 meses o frango inteiro, por exemplo, disparou 24,28% e está no topo da lista dos itens que mais pressionam o bolso, seguido de ovos (17,79%), azeitona (15,13%), carnes bovinas (14,72%) e farinha de trigo (13,70%).

Amigo secreto mais caro

Quem não antecipou as compras dos presentes de Natal na Black Friday, mas ainda procura algum item para dar, vai precisar desembolsar um pouco mais que em 2020. A média da variação de preços dos presentes mais procurados ficou em 3,39% (IPC-DI/FGV de dez/20 a nov/21) ante o 1,39% do ano anterior e de 1,28% em 2019, 1,71% em 2018 e 1,02% em 2017.

A maior contribuição foi de itens do vestuário (4,80%), seguido de acessórios (2,57%), recreação e cultura (2,13%) e eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%). O pesquisador alerta, no entanto, que os produtos que mais variaram também são os de menor valor. Dessa forma, com renda deprimida, desemprego e incerteza elevados e juros altos, ainda vale ter cautela ao gastar.

“Estamos num momento de retorno gradual, ainda que a variante ômicron já esteja no radar, e é natural ver o movimento da população de realizar um consumo que foi frustrado nessa mesma época do ano passado, mesmo com um cenário de emprego e renda não convidativos. Então é importante ter cautela, planejar bem seu consumo e usar o crédito de modo responsável”, analisou.

Peçanha acrescenta que para economizar é fundamental pesquisar muito sempre. “Hoje a tecnologia facilita muito isso, com buscadores de ofertas. Vale aproveitar descontos e, de repente, juntar com familiares, amigos ou vizinhos pra fazer compras em quantidade e ganhar desconto no atacado (aproveitando a moda dos atacarejos)”.

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