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Custo da cesta básica compromete 56,10% do salário mínimo em Campo Grande

Alta de 10,04% no preço do tomate e aumento da jornada de trabalho necessária para a compra impactam famílias locais

Por João Paulo Ferreira | 7 maio, 2024 - 15:17

Imagem ilustrativa

Em Campo Grande, o custo da cesta básica, composta por 13 itens essenciais, teve um aumento significativo em abril de 2024, chegando a R$ 732,75. Este aumento reflete um crescimento mensal de 0,37% e um acréscimo anual de 5,03%, apesar de uma queda de 0,68% nos últimos 12 meses. Entre os itens que mais impactaram esse aumento estão o tomate, com alta de 10,04%, e o café, com 5,27% de incremento, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo Vietnã, principal exportador global.

O leite de caixinha também teve um aumento de 1,50% no período, movido pela entressafra da cadeia láctea, enquanto a batata, impulsionada pela demanda da Páscoa, subiu 2,81%. Apesar das altas, houve reduções significativas em itens como o óleo de soja e o açúcar cristal, que apresentaram quedas nos preços de 20,81% e 1,30% respectivamente, em uma base anual.

A jornada de trabalho necessária para adquirir a cesta básica em Campo Grande aumentou para 114 horas e 10 minutos, representando um aumento de 26 minutos em relação ao mês anterior. Além disso, o comprometimento do salário mínimo líquido com a cesta básica alcançou 56,10% em abril de 2024, um acréscimo de 0,21 pontos percentuais comparado a março.

Nas outras regiões do Brasil, a situação não é menos preocupante. As capitais do Norte e Nordeste viram os preços da cesta básica aumentar significativamente, com Fortaleza liderando as altas com 7,76%, seguida por João Pessoa com 5,40% e Aracaju com 4,84%. Essas elevações estão atreladas às particularidades regionais da composição da cesta, bem como a fatores econômicos locais.

Em contraste, algumas capitais observaram reduções nos custos da cesta básica, com Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis apresentando as maiores quedas, de 2,66%, 1,37% e 1,22% respectivamente. Estas reduções são exceções em um cenário nacional de aumento generalizado de preços.

A variação de preços de produtos específicos como feijão, arroz e farinha de trigo também chama atenção. Enquanto o feijão teve reduções de preço em todas as capitais pesquisadas, o arroz e a farinha de trigo tiveram comportamentos mistos, com algumas capitais registrando quedas e outras, aumentos.

Em termos de alimentação básica, as variações refletem a dinâmica econômica regional e os impactos de fatores externos, como clima e problemas internacionais de exportação. Isso sugere uma necessidade de adaptação constante das políticas públicas para mitigar o impacto no bolso dos consumidores.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) destaca que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.912,69, valor 4,90 vezes superior ao mínimo vigente, evidenciando a disparidade entre o custo de vida e o poder aquisitivo da população.

Finalmente, a comparação do custo da cesta básica com o salário mínimo líquido mostra que, em abril de 2024, um trabalhador precisaria dedicar aproximadamente 109 horas e 54 minutos para adquirir os produtos básicos, um aumento em relação ao mês anterior e ao ano passado, quando a jornada necessária foi de 108 horas e 26 minutos e 114 horas e 59 minutos, respectivamente.

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