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Em crescimento contínuo, MS criou mais 5.688 empregos de carteira assinada em fevereiro

No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado apresentou uma criação de 39.857 empregos formais

Por João Paulo Ferreira | 30 março, 2023 - 7:27

Mato Grosso do Sul contratou mais 5.688 trabalhadores com carteira assinada no mês de fevereiro, com destaque para os setores de Serviços, Agropecuária e Construção. No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado apresentou uma criação de 39.857 empregos formais. Entre os municípios, Ribas do Rio Pardo é quem mais se destaca.

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Mercado de Trabalho elaborada pela Coordenadoria de Estatística e Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base no levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os líderes de geração de postos são Serviços (1.839 a mais), Agropecuária (1.653 a mais) e Construção (1.567 a mais). Os setores de Comércio e de Serviços vêm apresentando, no acumulado dos últimos 12 meses, um saldo de 7.935 e 13.631 vagas de trabalho, respectivamente.

Governador Eduardo Riedel em visita realizada em fevereiro à fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (Foto: Álvaro Rezende)

“São números que refletem todo um trabalho para atrair investimentos. Preparamos Mato Grosso do Sul para receber empreendimentos que gerem valor aos nossos produtos, que criem empregos, renda e novas oportunidades”, aponta o governador Eduardo Riedel.

Titular da Semadesc, Jaime Verruck também analisou os números e fez ponderações.

“Isso é muito importante quando olhamos a atividade. A Construção Civil vem, já, há alguns meses, mostrando sua pujança e capacidade de resposta. Isso decorre dos investimentos que estão ocorrendo no Estado, principalmente industriais, e também residenciais, da área de apartamentos”.

O secretário acredita que, a partir do segundo semestre, quando for retomado pelo Governo Federal o Programa Minha Casa, Minha Vida, o setor da Construção Civil deve ter um novo impulso, principalmente nos pequenos municípios.

A Agropecuária também teve um aumento significativo em fevereiro devido ao início da colheita da soja, frisou Verruck, quando normalmente se contratam muitos trabalhadores.

“Agora inicia-se outras atividades do setor, como a colheita da cana. Estivemos em Nova Alvorada do Sul participando de um ato que marca a safra 2023 do setor sucroenergético, que vem com uma perspectiva muito positiva de incremento da safra e, consequentemente, dos empregos”, destaca, citando ainda o setor agroflorestal como importante gerador de empregos.

“Todas as empresas desse setor estão investindo no plantio de eucalipto. Isso demanda muita mão-de-obra e percebemos claramente isso nos municípios de Inocência, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas. Toda essa região florestal tem aumentado o nível de emprego na agropecuária”, destaca.

Com relação à Indústria de Transformação, que tem um emprego mais estável e ocupou 306 vagas em fevereiro, isso representa um indicador de solidez da economia, conclui Verruck.

Chama a atenção na Carta a alteração na distribuição regional dos novos empregos, que tinha Campo Grande no topo da lista todos os meses. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o município que mais gerou empregos formais foi Ribas do Rio Pardo, com 2.717 vagas.

Isso decorre da indústria de celulose da Suzano que está sendo construída lá e impulsiona todas as outras empresas que estão operando na cidade. Só no canteiro de obras da Suzano trabalham mais de 8 mil pessoas.

Verruck falou ainda sobre a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que coloca Mato Grosso do Sul ao lado de outros dois estados brasileiros com os menores índices de desocupação.

“Apenas 3,3% da população economicamente ativa está desocupada. É o que chamamos de pleno emprego em economia. Temos muitas vagas de trabalho para serem preenchidas, estimamos que pelo menos 20 mil vagas, falta a oferta da mão-de-obra. Com isso poderíamos ter gerado muito mais emprego em fevereiro. Para isso, a Semadesc está buscando identificar as pessoas que precisam de capacitação e qualificação, criar programas específicos para qualificar essas pessoas que hoje não conseguem acessar o mercado de trabalho”.

No link à seguir, acesse na íntegra a Carta Conjunta do Mercado de Trabalho, da Semadesc.

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