Por João Paulo Ferreira | 27 setembro, 2021 - 10:03
A proposta de emenda à Medida Provisória 1.063, que permite a venda direta de etanol entre usinas e postos e dá fidelidade à bandeira de postos de combustíveis, acaba com a obrigatoriedade dos frentistas.
O texto, de autoria do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) prevê que os postos se adaptem para o autoatendimento. Se a proposta avançar, 5 mil empregos podem ser extintos em Mato Grosso do Sul.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul (Sinpospetro-MS), José Hélio da Silva, não concorda com a proposição
“Nós somos contra porque gera um grande desemprego na categoria, em torno de 4,5 mil e 5 mil. Nós achamos também que não é o salário do trabalhador que eleva o preço da gasolina. Nós acreditamos que não vai passar e nossa categoria está trabalhando contra, que é para não desempregar o pai de família”, ressalta.
No Brasil, segundo a Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro), mais de 500 mil trabalhadores ficariam desempregados.
“Não é verdade, como afirma erroneamente a emenda, que a manutenção dos trabalhadores frentistas eleva o preço dos combustíveis. A Petrobras e o governo são os órgãos que determinam esse valor. O salário dos trabalhadores no preço final é insignificante em relação ao preço dos combustíveis”, afirmou a entidade em nota.
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