Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta em fevereiro. A maior variação (6,04%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram de Educação. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais
(1,27%) e Habitação (0,73%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,11 p.p, respectivamente. Já Transportes (0,25%) e Artigos de residência (0,59%), tiveram variações inferiores às do mês
anterior. O único grupo que registrou queda foi Alimentação e bebidas (–0,82%). Os demais grupos ficaram entre o
0,29% de Vestuário e o 0,85% de Comunicação.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (–0,82%) foi influenciado pela queda dos preços da alimentação no
domicílio (–1,29%). Houve queda mais intensa nos preços das carnes (–2,29%) e recuos na batata–inglesa (–19,82%) e
do tomate (–14,55%), que haviam tido alta de preços em janeiro (24,71% e 11,01%, respectivamente). O destaque em
alta foi o leite longa vida (1,54%), cujos preços voltaram a subir após 5 meses consecutivos de quedas. Além disso,
tiveram altas o repolho (30,25%), o mamão (8,64%), ovo de galinha (8,24%) e o feijão–carioca (4,02%).
A variação em alimentação fora do domicílio (0,71%) acelerou em relação ao mês anterior (0,44%). Enquanto
a refeição (0,98%) teve alta quando comparado ao mês de janeiro (0,24%), o lanche desacelerou de 1,05 para 0,13%.
Taxa de esgoto e aluguel residencial foram, mais uma vez, os vilões do grupo Habitação
Em Campo Grande, o grupo Habitação avançou 0,73%. Um aumento menor que o registrado no mês anterior (2,14%). O destaque ficou, novamente, com a taxa de água e esgoto (1,27%) que teve reajuste de 6,89% desde 3 de janeiro, e apresentou o segundo maior impacto no grupo, com 0,03 p.p. O maior impacto do grupo, veio do aluguel residencial (0,07 p.p.), que apresentou índice de 1,00%. As maiores altas, para o mês de fevereiro, vieram dos subitens sabão em pó (2,69%) e tinta (2,29%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: material hidráulico (–2,19%), condomínio(–1,11%) e cimento (–0,34%).
Gasolina volta a ter a maior alta no grupo transportes
O grupo Transportes teve aumento de 0,25%, com impacto de 0,05 p.p. no índice. Influenciado pela alta nos preços
da gasolina (1,57%), do emplacamento e licença (1,27%) e do automóvel novo (0,3%), Por outro lado, houve recuo nos preços do passagens aéreas (–13,84%) e do automóvel usado (–0,62%). As quedas do etanol (–0,89%) e do óleo
diesel (–3,95%) não foram capazes de conter o aumento do grupo devido ao peso da gasolina na cesta de produtos ser
bem superior. O grupo acumula alta de 0,85% no ano e queda de 3,76% nos últimos 12 meses.
Itens de higiene pessoal contribuem para aumento no grupo Saúde e cuidados pessoais
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,27%) foi influenciado, principalmente, pela alta de 2,86% dos itens de higiene pessoal. Após a queda de 4,62% observada em janeiro, os perfumes tiveram alta de 5,81% e contribuíram com 0,06 p.p. no índice do mês. Além disso, os preços dos produtos para pele subiram 5,39%, com impacto de 0,01 p.p. no IPCA de fevereiro. Destaca–se ainda o resultado do plano de saúde (1,12%), que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos, referentes ao ciclo de 2022–2023.
Grupo Educação é destaque entre as altas do índice de fevereiro
Em Campo Grande, teve impacto de 0,25 p.p. e variação de 6,04%, a taxa mais alta desde fevereiro de 2020 (5,25%).
O crescimento foi impulsionado pelo aumento dos seguintes subitens: ensino fundamental (11,47%), ensino médio
(10,15%) e cursos regulares (7,25%).
No país, esse grupo também foi responsável pelo maior impacto (0,35 p.p.) e pela maior variação (6,28%), sendo
considerada a taxa mais alta desde fevereiro de 2004, quando teve variação de 6,70%.
“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na
virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou
seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, explica o gerente da pesquisa, Pedro
Kislanov.
No grupo Vestuário (0,29%), o item roupa infantil teve a maior variação (1,55%) e o maior impacto (1,43 p.p.). Entre
as quedas, lingerie (–2,22% e calça comprida masculina (–1,65%) foram os menores números encontrados.
O grupo Artigos de residência teve variação mensal de 0,59% em fevereiro, tendo acumulado 1,56% no ano e 5,77%
em 12 meses. Os subitens com maior alta foram fogão (2,71%) e roupa de banho (2,71%). Na contramão, as maiores
quedas foram encontradas em móvel para copa e cozinha (–2,03%) e ar condicionado (–1,97%).
Na capital sul–mato–grossense, após desaceleração em janeiro (0,43%), o grupo Despesas Pessoais voltou a subir em
fevereiro (0,73%). A variação mensal foi influenciada pelo aumento nos preços dos subitens cinema, teatro e
concertos (3,81%), serviço de higiene para animais (2,86%) e brinquedo (2,54%). No lado das quedas, os destaques
foram sobrancelha (–0,85%) e alimento para animais (–0,73%).
O grupo Comunicação apresentou variação de 0,85%, com impacto de 0,03 p.p. Esse número é fruto direto dos
resultados obtidos pelos subitens TV por assinatura (2,5%) e plano de telefonia móvel (1,93%).