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Inflação em Campo Grande pesa no bolso com alta da conta de luz e alimentos

Energia elétrica e alimentos como mamão e café pressionam o custo de vida, com alta acumulada de 3,23% no ano

Por João Paulo Ferreira | 9 outubro, 2024 - 13:31

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Campo Grande registrou uma alta de 0,58% em setembro de 2024, significativamente superior aos 0,03% observados em agosto. Com esse resultado, o índice acumula um aumento de 3,23% no ano, enquanto nos últimos 12 meses, o acumulado é de 4,45%, ligeiramente acima dos 4,33% dos 12 meses anteriores. Em setembro de 2023, a inflação havia sido de 0,46%, o que indica um cenário de pressão inflacionária mais intensa neste ano. No panorama nacional, o IPCA de setembro foi de 0,44%, com um acumulado anual de 3,31%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, Habitação (2,06%) e Alimentação e bebidas (1,13%) foram os principais responsáveis pela elevação da inflação em Campo Grande no último mês, contribuindo com 0,31 ponto percentual (p.p.) e 0,24 p.p., respectivamente. Outros grupos, como Despesas pessoais (-0,25%) e Vestuário (-0,24%), ajudaram a conter uma inflação ainda maior.

Alimentação e bebidas: alta expressiva em setembro

O grupo Alimentação e bebidas registrou aumento de 1,13% em setembro, sendo a alimentação no domicílio o principal responsável pela elevação, com alta de 1,44%. Após dois meses de queda, alguns itens tiveram aumentos expressivos, como o mamão (23,63%), a laranja-pera (17,97%), o café moído (8,40%) e o acém (7,92%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-15,55%), da batata-inglesa (-8,45%) e do tomate (-7,88%).

A alimentação fora do domicílio teve um aumento mais modesto de 0,24%. Dentro desse grupo, o subitem refeição registrou uma leve queda de 0,05%, enquanto o lanche teve uma recuperação, passando de uma queda de -0,64% em agosto para uma alta de 0,70% em setembro.

Habitação: energia elétrica pressiona o índice

O grupo Habitação foi o que mais influenciou o resultado de setembro em Campo Grande, com uma alta de 2,06%. O aumento foi impulsionado principalmente pela elevação da tarifa de energia elétrica residencial, que saltou de uma queda de -3,67% em agosto para uma alta de 5,47% em setembro. Isso ocorreu devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.

Além da energia elétrica, outros itens que contribuíram para a alta no grupo Habitação foram o material hidráulico (1,74%) e o gás de botijão (1,18%). Entre as quedas, o destaque foi para os itens tinta (-0,99%) e sabão em barra (-0,97%).

Outros grupos: desempenho variado

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou alta de 0,30%, influenciado por aumentos nos preços de exames de imagem (3,04%), papel higiênico (2,74%) e antibióticos (2,36%). Por outro lado, houve queda nos preços de óculos de grau (-3,70%) e fraldas descartáveis (-2,98%).

Transportes, por sua vez, registrou uma variação de apenas 0,03%, próxima à estabilidade. Houve queda no preço de conserto de automóvel (-0,82%) e ônibus interestadual (-1,63%), enquanto itens como passagem aérea (7,12%) e seguro de veículo (3,59%) tiveram alta.

O grupo Vestuário apresentou uma redução de 0,24%, puxada por quedas nos preços de calçados e acessórios (-1,59%), como tênis (-2,33%) e sapato feminino (-2,66%). No lado das altas, destacaram-se joias (1,79%) e calças femininas (2,15%).

No grupo Artigos de residência, houve uma leve alta de 0,33%, influenciada por aumentos nos preços de ar-condicionado (3,84%) e reforma de estofados (3,79%), enquanto consertos de celular (-2,31%) e computadores pessoais (-2,24%) puxaram para baixo o índice.

Despesas pessoais registrou uma queda de 0,25%, o primeiro valor negativo no ano, com destaque para a retração nos preços de cinema, teatro e concertos (-10,80%), enquanto os serviços de cuidados estéticos, como sobrancelha (2,55%), tiveram alta.

O grupo Educação teve um aumento modesto de 0,15%, impulsionado por autoescola (1,99%) e atividades físicas (0,89%). Já o grupo Comunicação apresentou variação negativa de -0,22%, puxada pela queda no preço de aparelhos telefônicos (-1,30%).

Panorama nacional

Em âmbito nacional, o IPCA registrou alta de 0,44% em setembro de 2024, acumulando 3,31% no ano. A inflação nacional segue uma tendência similar à de Campo Grande, com os grupos Alimentação e bebidas e Habitação sendo os principais responsáveis pela elevação do índice, em especial pela alta nos preços de alimentos básicos e pela correção nas tarifas de energia elétrica.

O cenário inflacionário tanto em Campo Grande quanto no Brasil reflete pressões sazonais e tarifárias que impactam o custo de vida da população, com destaque para os preços dos alimentos e dos serviços essenciais, como a energia elétrica. A continuidade dessas altas pode sinalizar desafios para o controle inflacionário no último trimestre de 2024.

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