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IPCA de abril registra 1,21% em Campo Grande. Acumulado no ano chega a 12,85%

Inflação no país mantém alta e chega a 1,06% em abril, maior para o mês desde 1996

Por Redação | 11 maio, 2022 - 15:20

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, em Campo Grande, ficou em 1,21%, 0,52 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,73% de março. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 12,85%, acima dos 9,22% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No Brasil, a variação mensal do IPCA para o mês de abril foi de 1,06%, após ter alcançado 1,62% em março.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 31 de março e 29 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 26 de fevereiro a 30 de março de 2022 (base).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta de preços em abril. A maior variação mensal veio de Artigos de residência (2,22% e 0,101 p.p. de impacto). Na sequência vieram os grupos Alimentação e bebidas (2,02% e 0,446 p.p. de impacto), Transportes (1,77% e 0,414 p.p. de impacto) e Saúde e cuidados pessoais (1,73% e 0,204 p.p. de impacto). Os demais grupos seguiram da seguinte forma: Vestuário (0,34%), Despesas pessoais (0,27%), Comunicação (0,11%), Habitação (0,02%) e Educação (-0,02%).

O grupo Alimentação e bebidas (2,02%) teve o maior impacto no índice em abril (0,446 p.p.) Os principais destaques vieram dos subitens Batata-inglesa (40,08%), que apresentou aumento em relação ao mês anterior (0,94%); leite longa vida (7,23%) e Cereais, leguminosas e oleaginosas (4,47%). Nas baixas, ganham destaque o mamão (-23,01%), a melancia (-12,26%) e o repolho (-3,85%).

O índice mensal da alimentação fora do domicílio foi de 1,45%, indicando retomada na comparação com o mês anterior (1,07%).

Bandeira tarifária contribui para queda da energia elétrica e causa estabilidade no grupo habitação

O grupo habitação ficou estável (0,02%), puxado pela queda nos preços da energia elétrica (-2,33%). A partir de 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, sem cobrança extra na conta de luz. Desde setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de Escassez Hídrica, que acrescentava R$14,20 a cada 100Kwh consumidos. Houve reajustes em diversas áreas do índice, conforme a tabela:

Por outro lado, houve alta no gás de botijão (4,12%), pois para as distribuidoras o valor subiu 16,1%, passando de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilograma. Aumento generalizado nos transportes faz o grupo ser o maior aumento e impacto do mês.

Transportes figurou como grupo com segundo maior impacto (0,40 p.p)

No grupo Transportes (1,77%), a alta foi influenciada principalmente pelo preço dos combustíveis. A gasolina subiu 3,92% e exerceu impacto de 0,36 p.p. no índice do mês. Houve altas também nos preços do etanol (6,72%), óleo diesel (8,78%) e gás veicular (0,24%).

O subitem ônibus intermunicipal subiu por conta dos reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Campo Grande (2,52%) reajuste de 10,06%, a partir de 1º de abril; Porto Alegre (1,24%) com reajuste de 7,33%, a partir de 14 de abril; e Curitiba (0,64%) reajuste de 5,56%, em vigor desde 15 de março.

Ainda em Transportes, destacam-se as altas do transporte por aplicativo (14,08%), do seguro voluntário de veículo (3,32%) e do emplacamento e licença (2,19%). No lado das baixas temos o conserto de automóveis (-2,68%), os automóveis usados (-1,20%), o ônibus interestadual (-0,87%) e os automóveis novos (0,40%).

Vestuário e saúde e cuidados pessoais tiverem variações opostas e seus impactos se anularam

O grupo de vestuário teve aumento de 0,34%, gerando impacto de 0,013% no índice. O subitem calça comprida infantil maior aumento do grupo (2,98%) seguido pelo aumento da bermuda/short feminino (2,60%) e vestido (2,57%).

Na outra ponta, a maior queda foi a do subitem camisa/camiseta infantil (-2,15%), acompanhado pelo tênis (-1,51%) e lingerie (-0,82%).

Saúde e cuidados pessoais têm alta causada pelos itens produtos farmacêuticos

A aceleração do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,73%) decorre principalmente da alta nos preços dos produtos farmacêuticos (6,01%), que contribuíram com 0,20 p.p. no índice geral. No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica.

As maiores variações, dentro do item produtos farmacêuticos, vieram do oftalmológico (8,08%) e hormonal (7,96%). O plano de saúde (-0,52%) segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.

Após recuperação em março (0,72%), o grupo Despesas Pessoais apresentou queda no mês de abril (0,27%), em Campo Grande

A variação mensal do grupo Despesas Pessoaisfoi influenciada pelo aumento nos subitens manicure (3,47%), serviço de higiene para animais (2,37%) e tratamento de animais em clínicas (1,9%). No lado das quedas, destacam-se os subitens pacote turístico (-2,12%), cabeleireiro e barbeiro (-1,24%) e sobrancelha (-1,16%).

Já o grupo dos Artigos de residência apresentou aumento de 2,22% na capital sul-mato-grossense, trazendo o impacto (0,101p.p). As maiores variações vieram dos subitens móveis para sala (3,63%) e refrigerador (4,73%). No lado das baixas, destacam-se os seguintes subitens: reforma de estofado (-3,87%) e artigos de iluminação (-1,02%).

O índice do grupo Educação teve uma queda no mês de abril (-0,02%). Nesse mês, o subitem livro não didático (2,79%) apresentou a maior alta. No lado das quedas, os destaques foram artigos de papelaria (-1,06%) e autoescola (-1,45%).

O grupo Comunicação apresentou variação mensal de 0,11% e impacto (0,0053 p.p) em Campo Grande. Na capital, observa-se um aumento em relação ao mês anterior (-0,04%). O maior impacto para esse grupo é resultante do subitem aparelho telefônico, que apresentou variação de 0,6%.

Inflação mantém alta e chega a 1,06% em abril, maior para o mês desde 1996

A inflação teve alta de 1,06% em abril, após ter alcançado 1,62% em março. Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%). No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.

Em abril, os principais impactos vieram de alimentação e bebidas – maiores variação (2,06%) e impacto (0,43 p.p.); e dos transportes – alta de 1,91% e 0,42 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.

“Alimentos e transportes, que já haviam subido no mês anterior, continuaram em alta em abril. Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, maior contribuição (0,07 p.p.), e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, elenca o analista da pesquisa, André Almeida.

No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (3,20% e 0,25 p.p.), assim como no mês anterior, com destaque para gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 p.p.) no índice do mês.

“A gasolina é o subitem com maior peso no IPCA (6,71%), mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular”, acrescenta Almeida.

Houve ainda aceleração nos grupos Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência (1,53%). O único grupo a apesentar queda no IPCA de abril foi Habitação, com -1,14%. Os demais ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,26% de Vestuário.

A aceleração do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,77%) decorre principalmente da alta observada nos preços dos produtos farmacêuticos (6,13%), que contribuíram com 0,19 p.p. no índice geral. No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. As maiores variações no item vieram dos remédios hormonais (7,96%) e hipotensores e hipocolesterolêmicos (6,81%).

Além disso, houve alta também nos produtos de higiene pessoal (0,85%), com impacto de 0,03 p.p. O plano de saúde (-0,69%) segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.

O grupo habitação (-1,14%) foi o único a apresentar variação negativa em abril, devido à queda nos preços da energia elétrica (-6,27%).

“A partir de 16 de abril, houve mudança na bandeira tarifária, que saiu de bandeira de escassez hídrica, para bandeira tarifária verde, em que não há cobrança extra na conta de luz. Desde setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de Escassez Hídrica, que acrescentava R$14,20 a cada 100Kwh consumidos”, explica, o analista.

Por outro lado, foram registradas altas no gás de botijão (3,32%) e no gás encanado (1,38%). Neste subitem, houve reajuste tarifário de 7,72% no Rio de Janeiro (4,07%), a partir de 16 de março.

IPCA tem alta em todas as áreas pesquisadas

A pesquisa mostra ainda que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação ocorreu na região metropolitana de Rio de Janeiro (1,39%), onde pesaram as altas dos produtos farmacêuticos (6,38%) e da gasolina (2,62%). A menor variação, por sua vez, ocorreu na região metropolitana de Salvador (0,67%), onde houve queda nos preços da gasolina (-3,90%) e da energia elétrica (-3,41%).

INPC foi de 1,04% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 1,04% em abril, abaixo do registrado no mês anterior (1,71%). Foi a maior variação para um mês de abril desde 2003, (1,38%). No ano, o INPC acumula alta de 4,49% e, nos últimos 12 meses, de 12,47%, acima dos 11,73% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,38%.

Os produtos alimentícios passaram de 2,39% em março para 2,26% em abril. Os não alimentícios também desaceleraram e registraram 0,66%, frente aos 1,50% do mês anterior.

O INPC subiu em todas as áreas pesquisadas. O menor resultado foi no município de Goiânia (0,65%), em função da queda na energia elétrica (-10,49%). A maior variação, por sua vez, ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,45%), influenciada pelas altas de 13,57% no leite longa vida e de 6,25% nos produtos farmacêuticos.

Mais sobre as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra.

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