Por Redação | 9 junho, 2022 - 11:18
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, em Campo Grande, ficou em 0,27%, 0,94 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,21% de abril. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 12,07%. No Brasil, a variação mensal do IPCA para o mês de maio foi de 0,47%, após ter alcançado 1,06% em abril.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de abril a 27 de maio de
2022 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de março a 29 de abril de 2022 (base).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, sete tiveram alta de preços em maio. A maior variação mensal veio de Transportes (1,16% e 0,27 p.p. de impacto). Na sequência vieram os grupos Vestuário (1,1% e 0,05 p.p. de impacto) e Saúde e cuidados pessoais (1,04% e 0,12 p.p. de impacto). Os demais grupos seguiram da seguinte forma: Artigos de Residência (0,44%), Despesas pessoais (0,36%), Comunicação (0,32%), Educação (0,01%), Alimentação e bebidas (-0,6%) e Habitação (-0,72%).
O grupo Alimentação e bebidas apresentou variação de -0,6% em maio. O principal destaque veio do subitem cebola (41,50%). Na sequência vieram leite longa vida (6,46%), leite em pó (5,19%) e massa semipreparada (4,80%). Nas baixas, ganham destaque o tomate (-28,40%) e o mamão (-18%). A variação mensal da alimentação fora do domicílio foi de 0,27%, indicando queda na comparação com o mês anterior (1,45%).
Bandeira tarifária da energia elétrica contribuiu para nova queda no grupo habitação
A queda do grupo Habitação (-0,72%) deve-se, sobretudo, à energia elétrica (-1,62%), que recuou pelo segundo mês seguido. Em 16 de abril, cessou a cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, no contexto da bandeira Escassez Hídrica. Desde então, passou a vigorar a bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Contudo, houve reajuste tarifário na conta de energia elétrica de 17,14% em Campo Grande, a partir de 16 de abril.
Ainda em Habitação, destaca-se o recuo nos preços do gás de botijão (-3,73%), após a alta de 4,12% em abril. No lado das altas, destaque para mudança (4,27%), material hidráulico (3,37%) e sabão em pó (3,19%).
Transportes figurou como grupo com o maior impacto no índice (0,27 p.p)
O grupo Transportes registrou alta de 1,16% e impacto de 0,27 p.p., o maior dentre os grupos. A alta foi influenciada principalmente pelo item veículo próprio (1,35% e impacto de 0,16 p.p. no índice), seguido pelo preço do item transportes públicos (5,27% e impacto de 0,07 p.p.). Dentro deste último, os subitens transporte por aplicativo (13,62%, com acúmulo de 101,75% nos últimos 12 meses) e passagens aéreas (19,75% e acumulado de 100,86% em 12 meses) foram as maiores contribuições. Em terceiro, os combustíveis, com o aumento de 0,38%, impactaram o índice em 0,04 p.p.
Apenas os subitens automóvel usado (-0,2%) e óleo lubrificante (-0,88%) registraram quedas.
Vestuário teve aumento de 1,1%
O grupo de vestuário teve aumento de 1,1%, gerando impacto de 0,05% no índice. O subitem agasalho feminino teve o maior aumento do grupo (3,79%) seguido pelo aumento da calça comprida infantil (3,61%).
Na outra ponta, a maior queda foi a do subitem tênis (-1,73%), acompanhado por blusa (-1,85%).
Saúde e cuidados pessoais tem alta causada pelos itens produtos farmacêuticos
A aceleração do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,04%) decorre principalmente da alta nos preços dos produtos farmacêuticos (2,78%). No caso dos produtos farmacêuticos, foi autorizado em abril um reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos. Esse reajuste pode ter sido aplicado pelos varejistas de forma gradual, tendo reflexo no índice tanto em abril quanto em maio, embora a variação tenha sido menor neste último mês. “Mas como o segmento tem peso, acaba impactando bastante”, justifica o gerente do IPCA Pedro Kislanov.
Os planos de saúde, por sua vez, seguem em queda (-0,51%). O reajuste de 15,5% aprovado pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 26 de maio será incorporado a partir do IPCA-15 de junho,
seguindo a metodologia empregada nos anos anteriores.
As maiores variações, dentro do item produtos farmacêuticos, vieram do anti-inflamatório e antirreumático (5,76%) e antialérgico e broncodilatador (5,51%). Queda nos subitens perfume (-1,34%), planos de saúde (-0,51%) e papel higiênico (-0,15%).
Após desaceleração em abril (0,27%), o grupo Despesas Pessoais voltou a subir em maio (0,36%), em Campo Grande
A variação mensal do grupo Despesas Pessoais foi influenciada pelo aumento nos subitens depilação (3,51%),
cabeleireiro e barbeiro (1,54%) e manicure (1,44%). No lado das quedas, destacam-se os subitens pacote
turístico (-1,94%) e serviço de higiene para animais (-1,52%).
Já o grupo dos Artigos de residência apresentou aumento de 0,44% na capital sul-mato-grossense, trazendo impacto de 0,02p.p. As maiores variações vieram dos subitens móvel infantil (3,51%) e móvel para copa e cozinha (3,23%). No lado das baixas, destacam-se os seguintes subitens: máquina de lavar roupa (-2,67%) e televisor (-1,52%).
A variação do grupo Educação teve uma queda no mês de abril (0,01%). Nesse mês, o subitem autoescola (5,74%) apresentou a maior alta. No lado das quedas, os destaques foram artigos de papelaria (-1,54%) e caderno (-2,91%).
O grupo Comunicação apresentou variação mensal de 0,32% e impacto (0,01 p.p) em Campo Grande. Na capital, observa-se um aumento em relação ao mês anterior (0,11%). O maior impacto para esse grupo é resultante do subitem TV por assinatura, que apresentou variação de 4%.
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