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Mato Grosso do Sul faturou R$ 50,9 milhões com extração vegetal em 2021

Estado apresentou um aumento de 40,9% comparado ao ano anterior

Por Redação | 29 setembro, 2022 - 14:33

Em 2021, o valor de produção obtido por meio da extração vegetal em Mato Grosso do Sul apresentou aumento de
40,9% em relação ao ano passado, totalizando R$ 50,9 milhões, frente aos R$ 36,1 milhões registrados em 2020. Dos nove grupos de produtos que compõem a extração vegetal na pesquisa, o estado registrou produção em dois: Alimentação e Madeira (incluindo carvão).

O grupo dos produtos madeireiros teve a maior participação no valor de produção do extrativismo (99,6%). O valor
principal veio do carvão vegetal (R$ 38,0 milhões), que havia registrado R$ 28,5 milhões em 2020 (aumento de 33,6%). Também apresentou crescimento no volume de produção (23,1%), totalizando 60,7 mil toneladas em 2021 e 49,3 mil toneladas em 2020.

A madeira em tora registrou o segundo maior valor de produção do grupo em 2021 (R$ 11,3 milhões). Se comparado a 2020 (R$ 5,6 milhões), o aumento no valor foi de 103,1%. Houve aumento no volume de produção, pois em 2021 foram registradas 26,2 mil m³ e em 2020 eram 19,6 mil (+33,5%) A lenha apresentou queda de 29,1%, pois em 2021 foram registrados R$ 1,3 milhão, enquanto em 2020 eram R$ 1,9 milhão. Os números condizem com a queda (-34,3%) na produção, registrando 22,3 mil m³ em 2021, com o histórico de 34,1 mil m³ em 2020.

Dentre os alimentícios, houve ligeira queda no valor da produção, indo de R$ 200 mil em 2020, para R$ 197 mil em 2021. Dentre os produtos extraídos, destaque para as 20 toneladas de pequi, uma a mais que o produzido em 2020. Porém, com a queda no valor da produção, vindo de R$ 41 mil em 2020 para R$ 39 mil em 2021.

Área plantada para silvicultura tem pouca variação

A área plantada de silvicultura no estado do MS teve decréscimo de cerca de 7,9% no total, caindo de 1.138.677 ha. (em 2020) para 1.048.485 ha (em 2021). Da mesma forma, a área plantada de eucaliptos também apresentou retração (-7,9%), passando de 1.135.543 ha (em 2020) para 1.045.765 ha (em 2021). Por sua vez, a área plantada de pinus no estado caiu de 3.134 ha (em 2020) para 2.720 ha (em 2021), representando uma queda de 13,21%.

Por outro lado, se compararmos a área plantada de eucaliptos em 2013 (662.238 ha) com a área plantada em 2021 (1.048.485 ha), veremos que o aumento foi de 58,3%. Quanto à área plantada de pinus, a mesma comparação, no entanto, representou uma queda de 75,6%, com 11.150 ha (em 2013) e 2.720 ha (em 2021).

E, por fim, quando consideramos, em 2021, a posição de MS em relação às demais unidades federativas, o estado ocupa a 4ª colocação, tanto na área plantada de eucaliptos como na área de pinus. Vale dizer, ainda, que a área plantada no MS (1.048.485 ha) representa apenas 50,4% do total da área plantada em Minas Gerais (2.077.252 ha.),
estado que se apresenta em primeiro lugar no ranking considerado.

Em Mato Grosso do Sul, os cinco municípios com as maiores áreas destinadas à silvicultura de eucalipto são:

Apesar da queda na produção de carvão vegetal, MS aumenta o valor de produção em 20,3%

A produção de carvão vegetal em Mato Grosso do Sul correspondeu a 179,7 mil toneladas no ano de 2021, representando uma queda de 4,6% em relação a 2020. Contudo, em 2021, o valor da produção obtido aumentou 20,3%, totalizando R$ 124,6 milhões. No ranking entre as UFs, MS manteve a 2ª posição, atrás de Minas Gerais (6,1
milhões de toneladas) e à frente da Bahia (161,6 mil toneladas). Já em relação aos municípios de MS, Ribas do Rio Pardo ocupa a primeira posição.

Na comparação com 2020, no ranking entre os principais municípios de MS, percebe-se a mudança de posição somente entre Sonora e Paraíso das Águas. Nesse sentido, o município de Sonora subiu duas posições na lista e Paraíso das Águas caiu duas. Esta última continua mantendo-se no ranking dos 10 municípios com maior produção na silvicultura, porém deixa o top 5, permanecendo, agora, na 6ª posição.

O principal produto utilizado na produção do carvão vegetal é eucalipto, que correspondeu a 174,1 mil toneladas, seguido pelo de pinus, que contribuiu com 5,5 mil toneladas.

Quando o assunto foi somente o carvão vegetal de pinus, Mato Grosso do Sul apareceu na 1ª posição, com 5,5 mil
toneladas, seguido pelo Paraná (555 toneladas) e Santa Catarina (28 toneladas). Comparando com 2020 (4,9 mil toneladas), a produção de carvão vegetal de pinus cresceu 12,3%.

Produção de resina tem queda de 88,8%

Em relação aos outros produtos da silvicultura, MS produziu 3,0 mil toneladas, mantendo a 5ª posição no ranking entre as UFs. Isso representou uma queda de 3,5% em relação a 2020 (3,2 mil toneladas). No ranking de 2021, a primeira posição foi ocupada pelo Rio Grande do Sul (256,0 mil toneladas), seguido por São Paulo (102,3 mil toneladas), Minas Gerais (78,0 mil toneladas) e Paraná (4,0 mil toneladas). No estado, entre os três municípios produtores, a maior produção fica com Inocência (1,6 mil toneladas), seguido por Três Lagoas (1,4 mil toneladas) e Ribas do Rio Pardo (14 toneladas). Do total produzido, a maior parte vem do eucalipto (folha), com 3,0 mil toneladas, e resina, com 14 toneladas. Esta última teve queda de 88,8%, tendo saído de 125 toneladas em 2020. Em 2021, o valor da produção da silvicultura desses outros produtos correspondeu a R$ 482 mil, uma queda de 37,1% se comparado a 2020 (R$ 767 mil).

Em 2021, valor da produção de madeira em tora e lenha cresceram 20,3% no estado

A participação dos produtos madeireiros (lenha e madeira em tora), em 2021, seguiu sendo preponderante no setor, representando 90,5% do valor de produção florestal em Mato Grosso do Sul. O incremento na produção desse grupo foi de 20,3% em comparação ao resultado registrado no ano anterior.

Apesar deste aumento no valor da produção, houve um ligeiro recuo na quantidade produzida de lenha (-9%) e madeira em tora (-9,8%), com 1,05 milhão de m3 e 13,6 milhões de m3 respectivamente. Com este resultado, Mato Grosso do Sul permanece no 8º lugar no ranking nacional na produção de lenha e perde uma posição no ranking na produção de madeira em tora, ficando em 5º lugar.

No nível municipal, três municípios sul-mato-grossenses tiveram destaque entre os 20 municípios do Brasil com maiores valores de produção na silvicultura. O destaque foi para o município de Três Lagoas que ultrapassou Ribas do Rio Pardo, ocupando a 4ª posição no ranking nacional, com valor de produção florestal de R$ 386,5 milhões. Em seguida vem Ribas do Rio Pardo, que ocupou a 5ª posição no ranking nacional, com valor de produção florestal de R$ 355,1 milhões e Brasilândia, o 20º lugar, com R$ 149,1 milhões no valor de produção florestal.

Três Lagoas destaca-se como o maior produtor de madeira em tora para papel e celulose do Brasil

O Brasil, que apresenta os maiores índices de produtividade de biomassa florestal com origem em áreas plantadas, destaca-se internacionalmente no mercado de papel e celulose. É neste grupo em que a silvicultura sul-matogrossense mais gerou valor em 2021, registrando R$ 1,07 bi com a produção de madeira em tora destinada à indústria de papel e celulose. Este valor representa um aumento de 22,5% em relação a 2020. A ampliação da capacidade de produção de algumas plantas de processamento de celulose nos últimos anos colocou Mato Grosso do Sul em lugar de destaque entre as demais Unidades da Federação, ocupando o 3º lugar no ranking, com mais de 13 milhões de metros cúbicos produzidos, atrás de São Paulo e Paraná, respectivamente.

Três Lagoas ocupa a 1ª posição no ranking nacional, com a maior quantidade de madeira em tora produzida para papel e celulose com 4.729.905 m³ e a 3ª posição em valor de produção com R$ 378,1 milhões. Destacam-se também no cenário nacional os municípios de Ribas do Rio Pardo 4º lugar e Brasilândia.

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