Por João Paulo Ferreira | 11 setembro, 2024 - 9:11
Mato Grosso do Sul foi classificado como o terceiro melhor estado do Brasil em termos de liberdade econômica, conforme o Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual 2023. Com uma pontuação de 5,40, o estado aparece atrás apenas de São Paulo (6,02) e Espírito Santo (5,72), consolidando-se como um dos melhores lugares para investir força de trabalho, aplicar recursos e empreender. O estado faz parte do 1º quintil do ranking, grupo que reúne os estados com maior liberdade econômica no país.
A liberdade econômica é entendida como a capacidade dos integrantes da sociedade de decidir sobre a destinação dos seus recursos sem coerção externa, sejam essas imposições de agentes privados ou estatais. Segundo o relatório, esse cenário tem impactos diretos na qualidade de vida, no acesso ao mercado de trabalho, na inclusão social e na redução da pobreza. “A liberdade econômica pode ter impactos positivos no bem-estar da população, ao promover maior inclusão social e reduzir a pobreza. Ao facilitar o acesso ao mercado de trabalho e estimular a criação de empregos formais, a liberdade econômica pode ajudar a melhorar as condições de vida dos brasileiros”, destaca o documento. Além disso, o relatório afirma que “Estados com maior liberdade econômica são mais prósperos do que aqueles com menos liberdade econômica”.
Segundo Vladmir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Mato Grosso do Sul demonstrou uma recuperação econômica rápida e robusta após a pandemia, em comparação com outros estados. “Em 2020, tivemos uma piora em todos os estados como resultado direto da pandemia. O tombo é rápido e a recuperação é lenta. No ano seguinte, tivemos uma leve recuperação da liberdade econômica, mas Mato Grosso do Sul saiu forte, teve uma recuperação melhor”, explicou Maciel. Ele também apontou que “o que está pesando a favor de Mato Grosso do Sul são as despesas públicas baixas, as despesas previdenciárias, o funcionalismo não é alto, e o mercado de trabalho, que está bem”.
As imagens que acompanham o relatório mostram uma significativa disparidade entre as regiões brasileiras no quesito liberdade econômica. Enquanto estados do Sul e Sudeste dominam as primeiras colocações, estados do Norte e Nordeste aparecem majoritariamente nos quintis com menor liberdade econômica. No 1º quintil, junto com Mato Grosso do Sul, estão também São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso. Já estados como Piauí, Tocantins, Sergipe e Bahia se encontram no 5º quintil, que agrupa aqueles com menor liberdade econômica.
A visualização do mapa também destaca o desempenho das unidades federativas, e Mato Grosso do Sul é o único estado do Centro-Oeste a figurar no 1º quintil, demonstrando sua relevância no contexto nacional. A pontuação obtida por Mato Grosso do Sul o coloca à frente de estados importantes como Rio de Janeiro (4,78), Minas Gerais (4,29) e Rio Grande do Sul (4,48).
Apesar do bom desempenho, Vladmir Maciel observou que tanto Mato Grosso do Sul quanto o Brasil ainda têm espaço para evoluir no quesito liberdade econômica. A pontuação média nacional no índice subiu de 4,06 em 2022 para 4,38 em 2023, mas o especialista ressalta que há muito a ser feito. “O Brasil e os estados ainda têm muito espaço para melhorar na liberdade econômica”, avaliou Maciel.
O Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual avalia fatores como gastos governamentais, tributação e regulação nos mercados de trabalho. Os dados são obtidos de fontes oficiais, como IBGE, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Trabalho e Receita Federal. O estudo abrange todos os poderes e esferas, incluindo federal, estadual e municipal.
A posição de destaque de Mato Grosso do Sul no ranking é um indicativo positivo para empreendedores e trabalhadores, evidenciando que o estado oferece um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico e social.
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