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Mato Grosso do Sul tem a 4ª menor taxa de desocupados do país

Nível de ocupação de pessoas em idade de trabalhar foi estimado em 64,4%

Por João Paulo Ferreira | 18 maio, 2023 - 11:13

Mato Grosso do Sul, no primeiro trimestre de 2023, tinha 2,18 milhões de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, 20 mil pessoas (0,9%) a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Destas, 1,5 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,4 milhão estavam ocupadas e 73 mil desocupadas. O nível de ocupação foi estimado em 64,4%, representando uma redução de 0,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e um aumento
de 3,6 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado (60,8%).

A taxa de desocupação em MS no 1º trimestre de 2023 foi estimada em 4,8%. Esse valor representa uma variação de
1,5 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,7 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

Com este resultado, MS caiu uma posição no ranking entre as Ufs (era o terceiro menor no 4º trimentre de 2022), ficando com a 4ª menor taxa de desocupação, atrás somente de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%). O maior valor foi verificado na Bahia (14,4%). No Brasil, a taxa de desocupação no primeiro trimestre
de 2023 foi de 8,8%, avançando 0,9 p.p. ante o quarto trimestre de 2022 e caindo 2,2 p.p. comparado ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%).

A população fora da força de trabalho que não estava nem ocupada nem desocupada na semana de referência em MS foi estimada em 717 mil, apresentando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (719 mil), e queda de 4,9% quando comparado ao mesmo período de 2022 (754 mil).

Número de desalentados no estado diminui 55,8 % em relação ao ano anterior

No estado, a estimativa de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada), no 1º trimestre de 2023, foi de 11 mil, o que representa uma queda de 55,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (25 mil).

Em MS, em um ano, houve aumento de 8,6% entre as pessoas sem carteira de trabalho no setor privado

Em números absolutos, são 1,0 milhão de empregados no estado, destes, 715 mil estão no setor privado, 201 mil no setor público e 85 mil trabalhadores domésticos. Tratandose de empregados no setor privado o número variou negativamente em 53 mil pessoas, ou seja, queda de 8,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número
das pessoas, ainda no setor privado, sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 168 mil, variando em 13 mil
pessoas, correspondendo a um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já quanto ao trimestre imediamente anterior, houve estabilidade. Quanto às pessoas com carteira de trabalho assinada, ainda no
setor privado, houve crescimento de 40 mil pessoas (7,9%) se comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, porém, quando comparado ao trimestre anterior, houve queda de 4,4%.

Em relação ao setor público, analisando a variação entre o 4º trimestre de 2022 e 1º trimestre de 2023, houve queda
de 34,7% entre as pessoas com carteira. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 36,4%.
Dentre as pessoas sem carteira, ainda no setor público, houve aumento de 4,9% comparado ao trimestre anterior, e
entre os militares e funcionários públicos estatutários houve aumento de 20,1% se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Nos indicadores para os trabalhadores domésticos observouse queda em relação ao trimestre anterior (2,8%), e se
comparado ao mesmo período de 2022, ocorreu queda de 10,6%. Entre os trabalhadores domésticos com carteira, em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve queda de 7,9%, e, também houve queda se comparado ao trimestre
passado (16,3%). Entre os trabalhadores domésticos sem carteira, houve queda em relação ao trimestre anterior (4,0%) e queda de 11,6% comparado ao 1º trimestre de 2022.

Entre as pessoas que trabalham como trabalhador familiar auxiliar (13 mil), observouse aumento tanto em relação
ao trimestre anterior (25,6%), quanto ao mesmo trimestre de 2022 (33,5%).

Taxa de Informalidade em MS fica em 34,3% e estado se mantém com o 6º menor número.

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações:
Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho
assinada; Empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador
familiar auxiliar.

Menores taxas de informalidade e taxa BR (%)

A taxa de informalidade de MS para o primeiro trimestre de 2023 ficou em 34,3% da população ocupada. No trimestre anterior, o valor registrado foi de 32,6%. Em números absolutos, são 491 mil trabalhadores nesta situação,
sendo que no quarto trimestre de 2022 eram 471 mil. A taxa de informalidade no Brasil ficou em 39%. Entre as unidades da federação, o estado tem a 6º menor taxa de informalidade. As maiores taxas foram registradas no Pará
(59,6%) e Amazonas (57,2%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (26,1%).

População ocupada como empregador em MS cresce 25,8% na comparação com 2022

Em Mato Grosso do Sul, a população ocupada trabalhando por conta própria no 1º trimestre de 2023 era de 320 mil,
o que significa um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (292 mil) e estabilidade de 0,8% em
relação ao trimestre imediatamente anterior (317 mil). A população ocupada como empregador, no 1º trimestre de
2023, era de 87 mil, o que demonstra um crescimento de 25,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (69 mil) e de 12% em relação trimestre imediatamente anterior (78 mil). Das pessoas ocupadas como empregadores e por conta própria, apenas 158 mil possuíam empreendimentos registrados no CNPJ.

Em 2023, o maior índice percentual de trabalhadores com CNPJ pertencia aos ocupados como empregadores, visto
que 82,7% deles possuíam o cadastro (72 mil). Na contramão, apenas 26,8% dos trabalhadores por conta própria
possuíam CNPJ em MS (86 mil).

Rendimento médio se mantem estável

Para o primeiro trimestre de 2023, o rendimento médio real habitual advindo de todos os trabalhos ficou em R$
3.161,00. O número é considerado estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.289,00), sendo 10,5% superior em
relação ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862,00). O gráfico abaixo compara a variação dos rendimentos com o
IPCA, a inflação oficial do país.

Considerandose o rendimento de todos os trabalhos, se comparado às outras UFs, MS tem o 6º maior rendimento
médio habitualmente recebido (R$ 3.161,00). O maior valor foi registrado no DF (R$ 4.846,00), seguido do RJ (R$
3.497,00). O menor valor foi obtido no MA (R$ 1.853,00), seguido da BA (R$ 1.882,00).

O rendimento médio real, advindo do trabalho principal, habitualmente recebido, por posição na ocupação e
considerando a contribuição para instituto de previdência segue a tabela abaixo:

Se considerada a área de atividade exercida, os números são os que seguem:

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