Mercado de jogos eletrônicos abre novas oportunidades na economia digital

O mercado de e-Sports tem registrado um crescimento expressivo nos últimos anos, gerando diversas oportunidades para profissionais de diferentes áreas e impulsionando o desenvolvimento de novos negócios. Uma pesquisa realizada em 2019 classificou o Brasil como o terceiro maior público de e-Sports no mundo, refletindo o avanço dessa indústria.

Manuella Oliveira, sócia do escritório Marques & Oliveira, comenta sobre o impacto dessa nova economia digital. “Em um cenário de economia digital, o mercado de jogos eletrônicos e também esportes eletrônicos trouxe uma porção de novas ocupações e postos de trabalho em profissões que sequer constam na classificação brasileira de ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e do Emprego (TEM)”, destaca a advogada.

Entre os jogos mais populares no Brasil, destacam-se League of Legends, Dota 2, Counter Strike e Fortnite, que atraem milhares de jogadores e profissionais envolvidos na organização de campeonatos e eventos. Além disso, surgem novas demandas em áreas como marketing, gestão de equipes e produção de conteúdo.

Bruno Cassol, advogado especialista em games e e-Sports, complementa ao explicar os aspectos trabalhistas e legais que envolvem o setor. Segundo ele, os profissionais dessa área estão amparados pela legislação vigente. “Ninguém fica desamparado nesse cenário. A Constituição Federal é clara ao afirmar que os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos de um Estado Democrático de Direito. Além disso, o Código de Leis Trabalhistas estabelece que não haverá distinções relativas à espécie de emprego e condição de trabalhador, nem entre trabalho intelectual, técnico e manual,” afirma Cassol, também sócio do escritório Marques & Oliveira Advogados.

Com o contínuo crescimento da indústria de e-Sports e a criação de novas ocupações, o setor se consolida como uma parte relevante da economia digital, abrindo portas para novas possibilidades de carreira e negócios.