Número de empresas de serviços em MS cresce quase 50% em 10 anos

Foto: Silas Ismael

A recente divulgação da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe dados importantes para a análise do setor de serviços em Mato Grosso do Sul (MS). Entre 2013 e 2022, o número de empresas de serviços no estado aumentou quase 50%, refletindo o desenvolvimento econômico e a diversificação das atividades no estado.

Em 2022, o número total de empresas de serviços em MS chegou a 22.496, um aumento expressivo em relação às 15.054 empresas registradas em 2013. O setor que mais contribuiu para este crescimento foi o de Serviços profissionais, administrativos e complementares, responsável por 34,2% do total de empresas, seguido pelos Serviços prestados às famílias e pelo setor de Transportes e serviços auxiliares, que tem se consolidado como uma das áreas de maior importância econômica.

Receita bruta e salários sobem mais de 130%

A receita bruta gerada pelo setor de serviços em MS cresceu ainda mais, com um aumento de 135,4% em dez anos, passando de R$ 14,1 bilhões em 2013 para R$ 33,3 bilhões em 2022. O segmento de Transportes, serviços auxiliares e correios foi o maior responsável por essa receita, representando 43,4% do total, com destaque para o transporte rodoviário, que sozinho gerou R$ 9,9 bilhões.

Além disso, o montante gasto com salários, retiradas e outras remunerações teve um salto de 132,1%, somando R$ 4,2 bilhões em 2022. Apesar desse aumento, o salário médio sofreu queda no período. As atividades ligadas aos serviços profissionais e aos transportes concentraram a maior parte desses gastos, refletindo a importância desses setores no mercado de trabalho local.

Pessoal ocupado também cresce, mas salário médio cai

O setor de serviços em Mato Grosso do Sul também apresentou um aumento significativo no número de pessoas ocupadas. Em 2022, 164.470 pessoas estavam empregadas no setor, um crescimento de 35,1% em relação a 2013. Os serviços profissionais, administrativos e complementares concentraram a maior parte do pessoal ocupado, seguidos pelo setor de transportes e pelos serviços prestados às famílias.

Embora o número de pessoas ocupadas tenha crescido, o salário médio no setor caiu, o que pode ser explicado pela expansão em setores com remunerações médias mais baixas ou pela predominância de subempregos.

MS ainda tem menor participação no Centro-Oeste, mas cresce

Apesar dos avanços, Mato Grosso do Sul ainda tem a menor participação entre os estados do Centro-Oeste no setor de serviços, conforme indicado pelo gráfico da PAS. O Distrito Federal continua sendo o líder da região, embora sua participação tenha caído, enquanto MS, Goiás e Mato Grosso têm apresentado crescimento gradual.

Esses dados refletem uma tendência de expansão do setor de serviços no estado, com maior participação de atividades ligadas ao transporte e à prestação de serviços administrativos. Esse crescimento coloca Mato Grosso do Sul como um importante player econômico na região e destaca o potencial de expansão para os próximos anos.