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Pessoas com nível superior recebem o triplo do salário de quem não completou a formação em MS

Cadastro Central de Empresas do IBGE revela desigualdade salarial significativa

Por João Paulo Ferreira | 20 junho, 2024 - 16:52

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (20), o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), que apresenta dados cadastrais e econômicos de empresas e organizações formalmente constituídas no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, os resultados mostram uma diferença expressiva nos salários entre pessoas com e sem nível superior.

Em 2022, Mato Grosso do Sul contava com 119.735 empresas e outras organizações ativas. O setor de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas liderava, com 40.888 empresas, seguido pelo Comércio Varejista, com 23%, e Atividades científicas e técnicas, com 8,3%. O estado possuía 139.701 unidades locais (ULs), das quais 64,6% eram formadas apenas por sócios e proprietários, sem empregados assalariados. Essas ULs empregavam 18,6% do total de 845.260 pessoas ocupadas. As ULs com empregados assalariados representavam 35,4% do total.

Campo Grande concentrava 37,2% das empresas de MS, seguida por Dourados (9,9%) e Três Lagoas (4,99%). Taquarussu e Japorã tinham as menores participações, com 0,08% e 0,09%, respectivamente. O setor de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas empregava 22,6% do total de trabalhadores do estado, seguido pela Administração pública, defesa e seguridade social (14,2%) e Indústrias de transformação (13,2%). Campo Grande, Dourados e Três Lagoas eram os municípios com maior número de trabalhadores ocupados.

As despesas totais com salários e outras remunerações em MS somaram 30 bilhões de reais. A Administração pública, defesa e seguridade social liderava com R$ 9,3 bilhões, seguida pelo Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 4,2 bilhões) e Indústrias da Transformação (R$ 4 bilhões). As mulheres representavam 47,4% dos empregados pelas empresas em MS, enquanto os homens eram 52,6%. O salário médio das mulheres era R$ 3.218,44, inferior ao dos homens, que recebiam R$ 3.359,87, evidenciando uma diferença de 4,2%.

Em 2022, 76,3% dos trabalhadores assalariados em MS não tinham nível superior, e 23,7% tinham. Aqueles sem nível superior recebiam, em média, R$ 2.222,02, enquanto os com ensino superior ganhavam R$ 6.573,16, cerca de três vezes mais. A diferença salarial em MS acompanha a tendência nacional, onde trabalhadores sem nível superior recebiam, em média, 2 salários-mínimos, enquanto aqueles com nível superior recebiam 5,9 salários-mínimos.

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