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Picanha chega a R$87,98 com alta da carne no Mato Grosso do Sul

Carne bovina subiu mais que 50% no último ano no Estado

Por Redação | 25 novembro, 2020 - 10:08

Com menos animais disponíveis para abate e aumento das exportações, a carne bovina subiu mais de 50% no intervalo de um ano.

Pesquisa da reportagem do jornal Correio do Estado aponta que o quilo dos cortes bovinos varia de R$ 19,50 a R$ 87,98. A tendência é de que os preços continuem altos pelos próximos meses.

A reportagem aferiu preços na última terça-feira (24) em supermercados, casas de carnes e açougues de Campo Grande.

O quilo mais barato foi o da costela, que varia entre R$ 19,50 em uma casa de carnes e R$ 23,98 em outra. Já o corte mais caro é a picanha, que é comercializada entre R$ 49,90 e R$ 87,98. Ainda entre os mais caros, o filé-mignon varia de R$ 46,90 a R$ 82,98.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da carne bovina subiu 52,21% em um ano em Mato Grosso do Sul.

Em outubro de 2019, a média de preços de cortes bovinos como patinho, coxão duro e coxão mole era de R$ 20,36. No mês passado, os mesmos cortes custavam R$ 30,99 em média.

Para a supervisora técnica do Dieese em MS, Andreia Ferreira, a tendência é de que os preços continuem em alta.

“Tem pouco gado para abate, o dólar continua alto e as demandas do mercado externo continuam elevadas, além do preço da ração dos animais, que subiu. Infelizmente, não temos perspectiva de baixar tão cedo os preços”, considera.

Empresários e consumidores se queixam da mesma situação: ser a ponta final da cadeia. O empresário precisa comprar para revender ao cliente e com isso também perde sua margem de lucro.

De acordo o proprietário da Casa de Carnes Oriente, Ronald Kanashiro, a falta de ofertas de animais somada ao aumento das exportações acabaram afetando diretamente o valor final repassado ao consumidor.

“Por conta da escassez do produto, os preços sobem. E também com a busca do mercado externo ao nosso produto, automaticamente por ser um produto mais disputado, ele começa a ser mais valorizado”, diz.

Kanashiro ainda explica que o comerciante é sempre questionado pelos consumidores sobre os preços, mas, assim como o consumidor, o empresário também fica na ponta da cadeia.

“Essa alta impacta em muitos questionamentos. Muitas vezes os consumidores migram o consumo para outras proteínas, que também subiram, e reduzem o consumo da carne [bovina]. Essa é a maior alta que tivemos nos últimos 15 anos. Mas não só na carne, toda a cesta básica subiu, o arroz aumentou 100%, a carne não chegou a isso, mas já não era um produto barato”, analisa.

Entre os preços repassados ao consumidor a variação é grande entre os locais visitados. O quilo de músculo foi de R$ 26,80 a R$ 34,98 nesta terça-feira; no ano passado, o quilo do corte ia de R$19,80 a R$22,20. O patinho ficou entre R$ 32,89 e R$ 40,98 este ano e em novembro de 2019 os preços iam de R$ 27,90 a R$ 31,98.

O quilo da ponta de peito era comercializado entre R$ 20,90 e R$ 24,40 há um ano. Agora, custa entre R$ 29,80 e R$ 39,98. O contrafilé é comercializado entre R$ 38,80 e R$ 42,98 (no ano passado, variava de R$ 29,80 a R$ 35,90). E o coxão duro estava cotado entre R$ 25,90 e R$ 31,99 em 2019 e neste ano custa entre R$ 31,98 e R$ 39,98.

O aposentado Ramiro Gimenes diz que até mesmo cortes mais baratos estão muito caros.

“A costela e a agulha, que eram cortes mais baratos, hoje estão acima de R$ 20. A alcatra passa de R$ 40, a gente não pode mais comer carne boa hoje em dia, está difícil”, lamenta.

Imagem: Correio do Estado

As informações são do Correio do Estado

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