Por Viviane Freitas | 25 março, 2022 - 11:24
Consumidores de todo o Brasil estão notando um aumento enorme no preço da cenoura nas últimas semanas. O assunto virou inclusive alvo de piadas e memes na internet e foi abordado num tom bem-humorado pela apresentadora de TV Ana Maria Braga. Mas afinal, o que está causando esse encarecimento das cenouras?
Segundo especialistas em produção e comércio de hortifrúti, o principal motivo são as chuvas intensas entre o fim do ano passado e o começo deste ano. Elas impactaram a produção de cenouras, que está sendo uma das menores já registradas. As chuvas deixaram os campos encharcados, dificultando o trânsito de máquinas para a colheita. Além disso, as plantas foram danificadas, sendo acometidas por vermes e microrganismos que apodreceram as raízes.
Confirme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,95% em março deste ano. Esta é a maior alta de preços para uma prévia de março desde 2015 (1,24%). Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa ficou, no entanto, abaixo da observada na prévia do mês anterior (0,99%). O IPCA-15 acumula taxa de 10,79% em 12 meses. O IPCA-E, que mede o IPCA-15 trimestral, ficou em 2,54%.
De acordo com o IBGE, os nove grupos de produtos e serviços tiveram alta de preços, com destaque para os alimentos e bebidas, com taxa de inflação de 1,95%, acima do 1,20% de fevereiro.
Entre os itens com maiores altas, destacam-se a cenoura com 45,65%, o tomate 15,46%, as frutas 6,34%, a batata-inglesa 11,81%, o ovo de galinha 6,53% e o leite longa vida 3,41%. De acordo com a Ceasa MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) a caixa de cenoura custa R$ 135,00. Nos supermercados de Campo Grande o valor do quilo varia de R$ 10 a R$14.
Outros grupos com impacto relevante na prévia da inflação foram saúde e cuidados pessoais alta 1,30%, transportes 0,68%, habitação 0,53% e artigos de residência 1,47%.
No caso da saúde, os itens com altas mais importantes foram higiene pessoal 3,98%, perfumes 12,84%, produtos farmacêuticos 0,83% e serviços médicos e dentários 0,58%. No caso dos transportes, os principais impactos vieram da gasolina com 0,83%, óleo diesel 4,10% e gás veicular 5,89%.
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