Por João Paulo Ferreira | 4 julho, 2024 - 17:45
O preço da cesta básica em Campo Grande registrou um aumento mensal de 0,05% em junho de 2024, atingindo R$ 748,89, o que a coloca como a sexta mais cara do país. No ano, a variação foi de 7,34% e, em 12 meses, 2,56%. A cesta básica para uma família de quatro pessoas alcançou R$ 2.246,67 na capital sul-mato-grossense.
Entre os itens que apresentaram alta, destacam-se o leite de caixinha, que subiu 8,68%, e o óleo de soja, com um aumento de 3,91%. A batata também registrou um acréscimo de 1,20%. Por outro lado, itens como arroz agulhinha (-2,06%), carne bovina (-1,28%) e tomate (-1,28%) apresentaram queda nos preços. O pãozinho francês manteve o preço estável pelo segundo mês consecutivo, com o quilo sendo vendido a R$ 16,32.
No comparativo anual, o preço da carne bovina teve uma redução significativa de 8,74%, enquanto o preço da batata aumentou expressivamente em 64,77%. A jornada de trabalho necessária para adquirir a cesta básica em Campo Grande foi de 116 horas e 41 minutos, representando um aumento de 4 minutos em relação ao mês anterior.
Além de Campo Grande, outras nove capitais brasileiras registraram aumento no custo da cesta básica entre maio e junho de 2024. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 2,22%, em Florianópolis 1,88%, em Curitiba 1,81% e em Belo Horizonte 1,18%. As capitais que registraram as maiores quedas foram Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).
Em São Paulo, o custo da cesta básica foi o mais alto do país, atingindo R$ 832,69, seguido por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Nas capitais do Norte e Nordeste, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
No comparativo entre junho de 2023 e junho de 2024, 13 capitais registraram aumento no custo da cesta básica, com destaque para Rio de Janeiro (9,90%), Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). Recife foi a única capital que apresentou retração (-6,16%).
Nos primeiros seis meses de 2024, todas as capitais tiveram elevação nos preços médios da cesta básica, variando entre 4,29% em Vitória e 10,62% em Fortaleza. Segundo o DIEESE, em junho de 2024, o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44, ou 4,95 vezes o salário mínimo vigente de R$ 1.412,00.
Em junho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 53 minutos. Em comparação, em junho de 2023, o tempo médio era de 113 horas e 13 minutos. O trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 54,00% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos em junho de 2024, uma leve redução em relação a maio, quando o comprometimento foi de 54,31%.
Os preços de diversos produtos da cesta básica variaram significativamente entre maio e junho de 2024. O leite integral ficou mais caro em 16 das 17 capitais, com aumentos variando entre 2,80% em Natal e 12,46% em Goiânia. O preço da batata subiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul, com destaque para Brasília (17,73%).
O preço do café em pó aumentou em 15 capitais, com as maiores altas em Natal (10,48%) e Fortaleza (10,30%). O arroz subiu em 12 capitais, com as maiores oscilações em Curitiba (6,75%). O óleo de soja subiu em 12 capitais, sendo Florianópolis (6,67%) e Campo Grande (3,91%) os destaques.
Os dados do DIEESE indicam que, apesar das variações mensais e anuais nos preços, o custo da cesta básica continua a ser um desafio significativo para as famílias brasileiras, especialmente aquelas que dependem do salário mínimo. A contínua monitorização dos preços é essencial para entender as tendências e impactos econômicos nas diferentes regiões do país.
23 novembro, 2024
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