Por João Paulo Ferreira | 8 julho, 2023 - 7:56
O programa do governo de incentivo ao setor automotivo, que visava impulsionar as vendas de veículos, chegou ao fim nesta sexta-feira, 7, para a categoria de carros, após cerca de um mês de vigência. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), estima-se que aproximadamente 125 mil veículos tenham sido comercializados com o auxílio do programa.
O governo disponibilizou um montante de R$ 800 milhões em recursos para as montadoras, e o MDIC informou que todos esses recursos foram liberados para uso das empresas do setor automotivo. As quantias destinadas a cada montadora foram divididas com base nos pedidos e relatórios entregues ao MDIC, conforme os seguintes valores: FCA Fiat Chrysler (R$ 230 milhões), Volks (R$ 100 milhões), Renault (R$ 90 milhões), Hyundai (R$ 80 milhões), GM e Peugeot Citroen (R$ 50 milhões cada), Nissan e Toyota (R$ 20 milhões cada) e Honda (R$ 10 milhões).
O ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados alcançados pela iniciativa e afirmou que o governo continuará investindo em ações para impulsionar a produtividade e a competitividade da indústria automotiva. Alckmin ressaltou que o mês de junho registrou um recorde histórico de emplacamentos, com a venda de 190 mil unidades de veículos, um aumento de cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano passado e também em relação a maio deste ano. Ele destacou que alguns modelos de carros tiveram um aumento de vendas de até 236% e, em um único dia, foram vendidas 27 mil unidades, estabelecendo um novo recorde na indústria automobilística.
Alckmin também mencionou que, graças à colaboração das montadoras, os descontos oferecidos ultrapassaram o teto estabelecido pelo governo, que era de R$ 8 mil para carros. “Tivemos casos de redução de preço ainda maiores, como 14%, 16% e até 21%, devido à participação do setor privado, das montadoras e das concessionárias. Foi extremamente positivo, pois mesmo para veículos acima de R$ 120 mil, o interesse dos consumidores aumentou. Podemos dizer que o programa foi um sucesso para os veículos leves, que está chegando ao fim neste fim de semana. No entanto, continuaremos com o programa para caminhões e ônibus, com o objetivo de renovar a frota e auxiliar na transição tecnológica”, ressaltou.
Ainda estão disponíveis R$ 600 milhões para a categoria de caminhões e R$ 160 milhões para ônibus. Alckmin destacou que o programa tem avançado mais lentamente na categoria de veículos pesados devido à necessidade de retirar os veículos antigos de circulação. “Realizamos uma reunião nesta semana com a Anfavea, e eles informaram que os Detrans estavam demorando para dar baixa em caminhões e ônibus antigos. Enquanto a baixa não for realizada, não há crédito tributário e não é possível adquirir os novos veículos. Entrei em contato com o Denatran, que se comprometeu a conversar com todos os Detrans”, revelou Alckmin.
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