Por João Paulo Ferreira | 22 abril, 2024 - 11:30
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um cenário promissor para o estado de Mato Grosso do Sul. Segundo o levantamento, o rendimento domiciliar per capita e a massa de rendimentos alcançaram os maiores valores da série histórica, que se iniciou em 2012.
Cerca de 64% dos residentes em Mato Grosso do Sul possuíam algum tipo de rendimento, colocando o estado na 8ª posição no ranking nacional. A massa de rendimento mensal domiciliar per capita atingiu o impressionante valor de R$ 5,6 bilhões em 2023, um aumento de 7% em comparação com 2022 e de 9,5% em relação a 2019. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita também registrou o valor mais alto da série, R$ 1.990, representando uma alta de 6,5% sobre o ano anterior.
A proporção da população com rendimento habitualmente recebido do trabalho subiu para 50,4% em 2023, marcando outro recorde para o estado. O número de domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família aumentou significativamente, passando de 108 mil em 2022 para 129 mil em 2023. Interessante notar que, mesmo com as oscilações econômicas, o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, manteve-se estável em 0,477, uma leve melhora em relação a 2022.
Outro destaque da pesquisa foi o crescimento da parcela da população recebendo rendimentos de outras fontes, que não o trabalho, passando de 21,3% em 2022 para 22,3% em 2023. Isso inclui categorias como aposentadorias e pensões, que mantiveram a maior proporção entre as fontes de rendimento alternativas, refletindo a ampliação do acesso a esses benefícios no contexto local.
No comparativo com outros estados, Mato Grosso do Sul se posicionou bem, ficando em quinta posição no percentual de pessoas com rendimento de trabalho. O crescimento observado desde 2012 foi significativo, especialmente após a recuperação das quedas registradas durante a pandemia de COVID-19. Entre 2022 e 2023, o estado viu um aumento de 6,2% na população ocupada com rendimento, alcançando 1,4 milhão de pessoas.
A pesquisa também revelou que a renda dos 40% da população com os menores rendimentos foi a maior já registrada, com um valor médio de R$ 672. Este aumento pode ser atribuído ao fortalecimento do mercado de trabalho e ao impacto de programas sociais, como o Bolsa Família.
Por fim, o levantamento destacou que, em 2023, os 10% da população com os maiores rendimentos em MS receberam, em média, R$ 7.486 por mês, representando o maior valor da série histórica. A análise da concentração de renda mostrou que os mais ricos ganham, em média, 11,1 vezes mais do que os 40% da população com os menores rendimentos, uma métrica que se manteve relativamente estável em relação a anos anteriores.
28 novembro, 2024
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