Por Viviane Freitas | 2 setembro, 2022 - 11:03
Mato Grosso do Sul é o segundo maior exportador de tilápias do País! Pelo menos é o que aponta o informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, que é elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pesca e Aquicultura, em parceria com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR). Os números serão mais detalhados com a chegada da 19ª Semana do Pescado, que vai até o dia 15 de setembro.
No Estado, a meta para este ano é produzir 55 mil toneladas de pescados e o aumento de produção deve-se aos investimentos em pesquisa e tecnologia. Em Campo Grande, o evento promete atrair consumidores a peixarias, restaurantes e supermercados, tornando o período o segundo mais importante do ano, atrás da Semana Santa, que antecede a Páscoa.
Mercados – “Supermercados que aderiram à Semana do Pescado nos últimos anos tiveram um incremento de 20% a 30% nas vendas. Neste ano no Estado, rede nacionais e locais estão participando”, detalha Denyson Prado, presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercado).
De acordo com Prado, entre os produtos mais importantes do segmento estão os cortes de tilápia, que se consolidaram no mercado interno. “Os supermercados hoje tem venda expressiva de tilápias, que hoje correspondem a uma fatia importante das proteínas vendidas”, completa.
Restaurantes – Para Juliano Wertheimer, presidente da Abrasel MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o comércio de peixes, antes focado no fator saudabilidade, agora apresenta mais atrativos. “A venda de pescado antigamente se dava principalmente pelo apelo da saudabilidade: o peixe faz bem e é saudável. Hoje, também se dá pelo atrativo econômico, já que o peixe se tornou bastante competitivo em relação à carne bovina porque é uma proteína mais barata”, avalia.
Diálogo – Além de ter seu consumo fomentado em restaurantes e bares, a Semana do Pescado também tem o objetivo de movimentar toda a cadeia produtiva do setor. “Pra nós, o objetivo maior é criar um ambiente de conversação e aproximação de todos os elos da cadeia do pescado. Essa cadeia é uma das mais complexas que temos no Estado porque envolve desde o consumo com a dona de casa, a gastronomia e os cozinheiros, como os restaurantes, o atacado e o varejo, a produção e a indústria. Então o que a gente busca é aproximar esses elos para que durante um período do ano eles conversem entre si”, explica Celso Martins, superintendente do Mapa/MS (Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento).
De acordo com o idealizador da iniciativa e presidente do Congresso Internacional do Peixe, Alemir Gregolin, a ideia é criar uma segunda temporada de consumo de pescado no segundo semestre, assim como ocorre no período da quaresma, no primeiro semestre.
“No primeiro semestre, nós temos a Semana Santa e, no segundo semestre, o objetivo é criar uma nova temporada e, com isso, estimular o consumo. Que [o consumo de peixe] seja uma prática cotidiana das pessoas, porque é mais saúde e, havendo mais consumo, estimula a produção em um país que tem um potencial gigante”, disse Gregolin à Agência Brasil.
15 outubro, 2024
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