Por João Paulo Ferreira | 2 outubro, 2024 - 14:19
A recente divulgação do 2º Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego trouxe à tona uma realidade alarmante: em mais de 50 mil empresas brasileiras, as mulheres ganham em média 20% menos que os homens. Essa estatística desencadeou uma onda de indignação no Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande (SECCG), que classificou essa disparidade como “injusta, desleal e desumana”.
Carlos Santos, presidente do SECCG, expressou sua insatisfação em declarações contundentes. “É inadmissível que em pleno século XXI as mulheres ainda enfrentem desigualdades salariais. Elas já provaram sua competência e capacidade para exercer qualquer atividade profissional, e muitas vezes até superam os homens em diversos setores”, afirmou Santos. Ele enfatizou que a postura discriminatória não pode ser tolerada em qualquer ambiente de trabalho, seja na cidade ou em todo o país.
O SECCG, que atua na negociação de três Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) para diferentes categorias do comércio, tem uma longa trajetória de luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. Santos ressaltou que o sindicato nunca aceitou diferenciação salarial ou de benefícios com base no gênero, e reafirmou seu compromisso de continuar a defender essa postura.
A diretora do sindicato, Rubia Santana, também se manifestou sobre os dados alarmantes revelados pelo relatório. “É revoltante ver que ainda hoje precisamos lidar com esse tipo de comportamento no mercado de trabalho. O governo, o setor empresarial e a sociedade como um todo devem atuar de forma mais incisiva, promovendo campanhas educativas que combatam qualquer tipo de discriminação de gênero”, declarou.
Rubia ressaltou que a discriminação baseada em gênero, cor ou qualquer outra característica é uma afronta à dignidade e aos direitos fundamentais das mulheres. “As mulheres já provaram sua capacidade de desempenhar com excelência qualquer papel no mercado de trabalho. No comércio de Campo Grande, a maioria dos postos de trabalho é ocupada por mulheres, o que comprova sua eficiência nesse setor. O que falta é reconhecimento justo por parte de todos os setores”, disse.
A necessidade de reconhecer o valor e a competência das mulheres em igualdade com os homens é mais urgente do que nunca. A luta por um ambiente profissional mais justo e inclusivo não é apenas uma questão de direitos, mas também de eficiência econômica e desenvolvimento social. O SECCG enfatizou que mulheres, quando valorizadas por seu talento, trazem inovação, produtividade e diversidade ao ambiente de trabalho.
Superar a discriminação de gênero não é apenas um imperativo moral, mas uma necessidade para o progresso social e econômico. O SECCG se compromete a continuar sua luta pela igualdade, ressaltando que todos, independentemente de gênero, devem ser remunerados e tratados de maneira justa e digna.
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