Vendas do comércio varejista de MS sofrem queda de 4,1% em maio, quebrando sequência de crescimento

O comércio varejista sul-mato-grossense enfrentou uma queda de 4,1% no volume de vendas durante a transição de abril para maio. Em relação a maio de 2022, o setor registrou uma variação de -0,5%, interrompendo uma sequência de dezessete meses consecutivos de crescimento. De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação acumulada em 12 meses ficou em 5,4%, enquanto a variação acumulada no ano fechou em 3,7%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes, peças e material de construção, a queda em maio foi ainda mais acentuada, atingindo 7,0%. Em relação a maio do ano anterior, Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 14,0%. O acumulado em 12 meses registrou uma variação negativa de 0,8%, assim como a variação acumulada no ano, que foi de -6,2%.

A redução nas vendas reflete um cenário preocupante que se estende por diversas regiões do país. Em maio, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista apresentou resultados negativos em 23 das 27 Unidades da Federação. Alagoas (-5,9%), Rondônia (-5,3%) e Paraíba (-4,6%) foram os estados com as maiores quedas. Apenas três UFs registraram variações positivas: Tocantins (1,8%), Maranhão (0,4%) e Minas Gerais (0,4%), enquanto o Amazonas apresentou estabilidade (0,0%).

No comércio varejista ampliado, a situação não foi diferente, com resultados negativos em 22 das 27 UFs. Mato Grosso do Sul (-7,0%), Maranhão (-4,8%) e Minas Gerais (-4,7%) foram os estados com as maiores quedas. Por outro lado, cinco UFs tiveram desempenho positivo, com destaque para o Pará (5,8%), Ceará (2,3%) e Amazonas (1,9%).

Na comparação anual, as vendas do comércio varejista também apresentaram variações negativas em 11 das 27 Unidades da Federação. Destacam-se o Rio Grande do Sul (-4,8%), Rondônia (-4,6%) e Piauí (-4,5%). Em contrapartida, 16 UFs registraram variações positivas, com destaque para Tocantins (17,1%), Maranhão (12,2%) e Mato Grosso (6,0%). Já o comércio varejista ampliado teve resultados positivos em 19 UFs, com destaque para Tocantins (19,4%), Pará (15,7%) e Bahia (11,5%). Entretanto, o desempenho negativo foi observado em 8 UFs, com Mato Grosso do Sul (-14,0%), Distrito Federal (-4,4%) e Goiás (-3,8%) como os mais afetados.

A queda nas vendas do comércio varejista de Mato Grosso do Sul reflete os desafios enfrentados pelo setor em meio a um cenário econômico instável. Os impactos da redução nas vendas podem afetar não apenas os empresários do setor, mas também a economia local como um todo, uma vez que o comércio exerce papel fundamental na geração de empregos e no desenvolvimento regional.