Aluna moçambicana conclui mestrado em saúde na UEMS e desenvolve material educativo inovador para pais de adolescentes com autismo

No último mês de junho, Sara Carlitos Quinava, aluna moçambicana, concluiu com sucesso o Mestrado Profissional em Ensino em Saúde na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), localizada em Dourados. O destaque de sua dissertação foi o desenvolvimento de um material técnico educativo voltado para pais e responsáveis de adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Sara, que possui formação em Psicologia Clínica pela Universidade Pedagógica de Maputo, em Moçambique, foi selecionada para o programa Proafri (Programa de Formação de Professores de Educação Superior de Países Africanos). Essa iniciativa é uma parceria entre o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique (MCTESTP).

“A UEMS, como signatária do GCUB, regularmente oferece vagas para receber estudantes estrangeiros por meio do Proafri e outros programas nos quais a UEMS participa. No total, disponibilizamos dez vagas para a recepção de estudantes internacionais nos diversos programas de pós-graduação que oferecemos”, ressaltou Maria Eugênia, da Assessoria de Relações Internacionais da UEMS (Arelin).

A dissertação de Sara, intitulada “Avaliação do processo educativo sobre comunicação em sexualidade para pais ou responsáveis de adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA)”, foi elaborada sob a orientação da professora Dra. Márcia Regina Martins Alvarenga, com a coorientação do Dr. Eduardo Espíndola Fontoura Júnior. O objetivo da pesquisa foi desenvolver um processo educativo destinado aos pais e responsáveis de adolescentes com TEA, abordando o tema da “sexualidade”.

O projeto consistiu em quatro encontros, resultando na criação de um material educativo técnico intitulado “Sequência Didática Interativa”. “Essa sequência foi elaborada para profissionais, pais ou responsáveis de adolescentes com TEA, mas pode ser adaptada para encontros educativos tanto na AAGD (Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados) quanto em outros locais, como unidades básicas de saúde, igrejas, associações de bairros, entre outros. Isso porque as principais ideias estão fundamentadas no diálogo e na interação com o público-alvo”, destacou a Dra. Márcia Regina Martins Alvarenga.