Por Viviane Freitas | 18 agosto, 2023 - 11:20
Três estudantes do 8º ano da Escola Municipal Doutor Tertuliano Meireles, em Campo Grande, investiram seu tempo nas férias escolares para criar um protótipo de anemômetro. Este dispositivo mede a velocidade do vento e é feito a partir de materiais recicláveis. Surpreendentemente, o projeto conquistou uma vaga na fase final da FEBIC (Feira Brasileira de Iniciação Científica), marcada para outubro em Santa Catarina.
Os jovens Vitória Brandão, Milena Gabriele Borema e Everton José Gomes, todos com 13 anos, expressaram incerteza em relação ao resultado enquanto trabalhavam no protótipo, inclusive durante as férias de julho, quando frequentaram a escola para se dedicarem ao projeto. Contudo, o empenho trouxe recompensas.
Do total de 120 escolas inscritas de todo o Brasil, incluindo quatro de Mato Grosso do Sul, somente o projeto da Escola Tertuliano conseguiu chegar à etapa final, concedendo aos alunos a honra de representar o estado.
O professor de Matemática, Juscelino Rodrigues, responsável por inscrever a escola no concurso, compartilhou sua expectativa: “Foi a primeira vez que inscrevi a escola para disputar o prêmio e também é a primeira vez dos alunos num concurso como esse, então a gente fica ansioso, mas sabendo da qualidade da construção, do ensinamento, de tudo”.
Juscelino selecionou alunos com habilidades em cálculos, escrita e comunicação. “Cada um tem um perfil, eu apresentei a ideia e eles toparam na hora, mas o processo para construção do protótipo foi demorado, trouxe desafios, mas no fim deu tudo certo”.
A jornada para chegar ao protótipo final envolveu três versões feitas com canudos, copos descartáveis e varas de bambu. O anemômetro, capaz de medir a velocidade do vento, tem a aplicação prática de identificar locais ideais para a instalação de estações de energia eólica.
Vitória compartilhou suas dúvidas iniciais: “No começo eu não estava muito confiante porque a gente nunca fez nada parecido, deu errado várias vezes e quando soube da nossa classificação eu fiquei muito feliz”.
Everton explicou o funcionamento: “A gente fez com produtos recicláveis o protótipo, o copo tinha que segurar para poder rodar as hélices com o vento”.
Para testar a eficácia, os alunos e o professor colocaram o protótipo sobre o muro da escola. Milena explicou: “O vento faz com que a parte das varas de bambu que seguram os copos girem e, dessa forma, o anemômetro é capaz de calcular a velocidade que o vento está se deslocando”.
Agora, os estudantes se preparam para apresentar o projeto presencialmente em Pomerode, Santa Catarina. O evento está marcado para os dias 2 a 6 de outubro.
23 novembro, 2024
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