Por João Paulo Ferreira | 15 outubro, 2024 - 9:14
Após 28 anos no cargo, Francisco Cezário de Oliveira, ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), foi destituído em assembleia extraordinária realizada na última segunda-feira (14), em Campo Grande. A decisão contou com a participação de clubes profissionais, ligas amadoras e membros da entidade, resultando em 19 votos a favor de sua saída e 12 contra. Cezário, de 78 anos, enfrenta acusações graves, incluindo o desvio de cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos, o que motivou sua prisão em maio deste ano durante a Operação Cartão Vermelho.
A operação, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), revelou um esquema que envolvia contratos fraudulentos, em que serviços superfaturados ou pagos por diárias de hotel voltavam em parte para os membros da federação, incluindo Cezário e seus sobrinhos. As investigações ainda apontam que a FFMS recebeu, nos últimos anos, mais de R$ 11,5 milhões por meio de convênios com órgãos públicos, como a Fundesporte e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
Cezário chegou a ser preso duas vezes em 2024, a primeira em maio, durante o início das investigações, e novamente em agosto, após descumprir medidas cautelares que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com testemunhas e outros envolvidos no esquema
Enquanto Cezário continua sob investigação, a FFMS já anunciou a realização de novas eleições para o cargo de presidente, que ocorrerão em 1º de novembro. Até lá, Estevão Petrallás, que preside interinamente a entidade, continua à frente da organização
21 novembro, 2024
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