Por João Paulo Ferreira | 11 maio, 2024 - 11:06
Instituições de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, têm se mobilizado em uma campanha de arrecadação de doações destinadas às vítimas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Até o momento, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Mato Grosso do Sul (SetLog) já despachou mais de 10 caminhões carregados de ajuda para as cidades mais necessitadas.
O presidente do SetLog-MS, Claudio Cavol, informou que, diariamente, aproximadamente quatro caminhões partem de Campo Grande rumo ao sul do país, numa operação totalmente voluntária realizada pelo sindicato, com um enfoque especial nas comunidades do interior do estado.
“Comprometemo-nos inicialmente com o envio de 10 carretas, porém já superamos essa meta e as doações não param de chegar. Estamos direcionando a ajuda principalmente para as pequenas cidades, que acreditamos estar recebendo menos auxílio comparado às grandes metrópoles como Porto Alegre, Canoas e Esteio”, disse Claudio.
Para facilitar esse esforço logístico, uma norma emitida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última quinta-feira (9) isentou de pedágio os veículos de carga levando doações para o RS, além de garantir prioridade no atendimento e dispensar a fiscalização em balanças rodoviárias.
De acordo com Claudio, o transporte enfrenta dificuldades devido às estradas inundadas, limitando os destinos acessíveis. “Muitas cidades estão completamente isoladas sem acesso por rodovias, o que nos impede de alcançá-las”, explicou o presidente do sindicato.
Nessas localidades, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul atua no recebimento e na redistribuição dos donativos para as cidades com maior acúmulo de ajuda. “Alguns municípios estão recebendo mais doações que outros, então estamos focando em redistribuir internamente para as áreas mais necessitadas”, destacou Claudio.
Sobre as doações mais necessárias, Claudio enfatizou: “Daqui para frente, seria ideal que as doações se concentrassem em alimentos, especialmente aqueles que não precisam de preparo imediato, como os enlatados e os pré-preparados, uma vez que muitas famílias estão abrigadas ou sem condições de usar eletrodomésticos.”
“Em muitas cidades, as famílias nem sequer têm um fogão para aquecer suas refeições”, lamentou Claudio, ressaltando a gravidade da situação.
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