Após dois anos sem aulas presenciais, professores de Dourados fazem paralisação e querem greve

Quando os pais de alunos pensavam que, enfim, as aulas retornariam na Rede Municipal de Ensino de Dourados, os professores, coordenados pelo Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Dourados) organizaram uma paralisação nesta quinta-feira (10). As aulas foram suspensas.

Concentrados em frente à prefeitura desde as primeiras horas da manhã os professores querem antecipar a data base da categoria, prevista para abril. Querem também maiores salários e cobram do município o pagamento do novo piso nacional da categoria, autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A portaria que estabelece o novo valor do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica prevê que piso da categoria para 2022 será de R$ 3.845,63.

Procurada pela reportagem, a prefeitura de Dourados, por meio da assessoria de comunicação, informou que respeita o direito de manifestação, mas que cabe ressaltar que desde o ano passado vem mantendo conversas com o sindicato da categoria. Propostas já foram feitas, mas em nenhum momento as negociações foram encerradas. “A prefeitura, dentro da responsabilidade legal e financeira, vai continuar negociando com a categoria e analisar até onde pode chegar com o reajuste”, diz a nota.

O movimento dos professores é um banho de água fria nos pais de 33 mil alunos da Reme em Dourados. A categoria ficou dois anos sem aulas presenciais, o que segundo os próprios professores, trouxe um enorme prejuízo educacional aos alunos. O ano de 2022, com professores e alunos vacinados, também representaria a retomada das aulas presenciais e o retorno cotidiano das atividades escolares entre as famílias.

No entanto, os professores querem mais e já anunciaram greve para a próxima segunda-feira (14). Tudo indica que os alunos terão quer ficar mais um tempo em casa e não por causa da pandemia da Covid-19.