Por João Paulo Ferreira | 9 novembro, 2024 - 15:08
Edilaine Cristina Lescano, de 20 anos, morreu na manhã de quarta-feira (6), após ser atropelada por uma caminhonete na BR-163, em Bandeirantes, cidade a cerca de 70 km de Campo Grande. A jovem, que residia na cidade e trabalhava em uma empresa da região, estava atravessando a rodovia quando foi atingida por uma Chevrolet Trailblazer, conduzida por um homem de 50 anos.
O acidente ocorreu no km 548 da rodovia, e o impacto foi tão forte que Edilaine foi arrastada por cerca de 40 metros antes de cair. Apesar de a ambulância da concessionária CCR MSVia ter chegado rapidamente ao local, a jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O motorista, que seguia do Paraná para o Mato Grosso, não foi preso, pois o teste do bafômetro deu negativo, e o caso foi registrado como homicídio culposo, sendo investigado pela Polícia Civil.
O delegado responsável pelo caso, Jarley Inácio de Souza, apontou que, embora o motorista não estivesse sob efeito de álcool, há suspeitas de que ele estivesse em alta velocidade, o que pode ter contribuído para a gravidade do atropelamento. O local onde o acidente ocorreu já foi identificado como uma área com alta incidência de acidentes. Vale lembrar que os radares de velocidade foram retirados da rodovia há cerca de um ano, o que pode ter impactado o aumento da velocidade dos motoristas.
A morte de Edilaine comoveu a comunidade de Bandeirantes, e no último sábado (8), mais de 200 moradores se reuniram em protesto na BR-163, no mesmo local do atropelamento, pedindo por medidas urgentes de segurança. Os manifestantes usaram faixas, cartazes e roupas pretas, e interditaram parcialmente a rodovia. Durante o protesto, também foi realizado um abaixo-assinado, com a exigência de que as autoridades tomem providências imediatas, como a reinstalação de radares, a construção de passarelas e semáforos, e a retomada da duplicação da rodovia.
Os moradores afirmaram que a retirada dos radares há um ano contribuiu para o aumento da velocidade na rodovia, considerada uma “pista de corrida” por muitos. Também reclamaram que, embora a sinalização exista, ela não tem sido suficiente para garantir a segurança dos pedestres e motoristas, especialmente em um trecho urbano da rodovia. A CCR MSVia, que administra a rodovia, informou que está em processo de substituição e atualização dos radares, mas não mencionou um prazo para a instalação de novas medidas.
Edilaine, estudante de Ciências Contábeis e mãe de uma filha de dois anos, deixou familiares e amigos em luto. A morte dela reforça a preocupação da população com a falta de segurança na BR-163, e a pressão por mudanças na rodovia promete continuar, enquanto autoridades tentam lidar com a crescente violência no trânsito da região.
27 novembro, 2024
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