Mato Grosso do Sul enfrenta clima extremo e incêndios florestais em diversos biomas

Mato Grosso do Sul está enfrentando uma situação climática extrema que tem contribuído para a intensificação dos incêndios florestais em todo o estado, com focos de fogo ativos no Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. A situação foi discutida na última quinta-feira (22) durante uma transmissão ao vivo do boletim semanal da Operação Pantanal 2024, que trouxe atualizações sobre o combate ao fogo.

As condições climáticas atuais, com temperaturas atingindo até 41°C em algumas regiões, umidade relativa do ar em torno de 10% e ventos de até 50 km/h, estão agravando o risco de queimadas e facilitando a propagação dos incêndios.

No Pantanal, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), com apoio de outras forças de segurança e brigadistas, continua o combate aos incêndios em áreas como Nabileque, Urucum, Parque Estadual das Nascentes do Taquari, além das divisas com Mato Grosso e em municípios como Miranda, Aquidauana, Coxim e Porto Murtinho. Também estão sendo monitoradas as regiões de Passo do Lontra, Serra do Amolar, Porto da Manga e Forte Coimbra.

Além dos focos no Pantanal, o Corpo de Bombeiros atuou em incêndios nas cidades de São Gabriel do Oeste, Costa Rica, Camapuã e Naviraí na última quarta-feira (21).

Apesar da previsão de chegada de uma frente fria nos próximos dias, que pode trazer algum alívio, o meteorologista Vinicius Sperling, do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (CEMTEC), alerta que essa mudança será temporária e não terá um impacto significativo no combate ao fogo.

“Uma frente fria deve começar a atingir a região de Porto Murtinho ainda hoje. Entre amanhã (23) e segunda-feira (26), haverá aumento de nebulosidade e queda de temperatura, com maior chance de chuva em Porto Murtinho e possibilidade de garoa em Corumbá. Isso deve melhorar os índices de umidade relativa do ar e reduzir o risco de fogo de alto para moderado em algumas áreas. No entanto, a partir de terça-feira (27), as temperaturas devem voltar a subir, embora talvez não cheguem aos 40°C registrados esta semana”, explicou Sperling.

O CEMTEC também apontou que a fumaça dos incêndios no Pantanal e em outras áreas de MS tem pouca influência sobre outros estados do Brasil.