Por Viviane Freitas | 28 dezembro, 2021 - 12:49
Definida como uma tarefa complexa. Assim é o processo de remoção do barco-hotel que naufragou no rio Paraguai, no Pantanal. Mesmo após 74 dias do acidente que vitimou 7 pessoas, o barco continua nas águas do rio onde ocorreu o acidente.
Equipes que trabalham na remoção querem virar o barco, a fim de fazê-lo reflutuar – método que ajudaria na retirada da embarcação mais rápida -. Até o momento, cerca de 4 metros do casco do barco-hotel já estão para fora do nível do rio.
O processo de remoção do barco foi iniciado em 1º de dezembro, 47 dias depois do naufrágio. Conforme um dos representantes da Associação Amigos do Rio, proprietária da embarcação, a tarefa é “bem complexa”.
No início do processo foram utilizados cordas e outros métodos ainda no local do naufrágio (veja vídeo abaixo). Porém, atualmente, utilizam de uma balsa para trazer o barco-hotel até mais próximo ao leito do rio, o que facilitaria a remoção.
Para retirar o barco do rio será necessário tombá-lo e colocá-lo em posição de flutuação. A expectativa é que estes dois movimentos extremamente complicados sejam feitos em no máximo duas semanas, é o que estima a associação.
Todo o processo de retira foi autorizado pela Marinha, que acompanha o caso, por meio da Capitania Fluvial, com processo administrativo e investigações.
Entenda o caso:
No dia do acidente, 21 pessoas estavam a bordo do Cárcara, a maioria turista do Estado de Goiás. O grupo pescava em Corumbá, a 413 km de Campo Grande, e confraternizava com churrasco no momento em que um vendaval atingiu a região e fez o barco afundar. Ao todo, 14 pessoas foram resgatadas e sete morreram.
De acordo com a Polícia Civil, 12 homens – entre parentes e amigos – estavam no Pantanal desde o dia 9 de outubro. Eles contrataram a embarcação no Porto Limoeiro e saíram para pescaria, com mais nove tripulantes, em direção ao Paraguai Mirim, região do Castelo, e depois para o Bonfim, onde permaneceram boa parte do tempo.
Quando se aproximavam da cidade de Corumbá e no momento que faziam um churrasco, os ventos ficaram fortes e a embarcação virou. Outros 17 municípios de Mato Grosso do Sul também foram atingidos por temporal.
Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento. Entre as vítimas estava o comandante do barco, Vitor Celestino Francelino, de 64 anos, que comandava a embarcação há cerca de 20 anos.
Apuração
A embarcação naufragou no dia 14 de outubro e as investigações foram iniciadas pela Policia Civil no dia 18. A Marinha do Brasil também abriu inquérito para investigar as causas, que tinha duração estimada em 90 dias, com possibilidade de prorrogação por mais três meses.
Por parte da Marinha, o órgão pretende apurar as causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima e a apuração será feita por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).
25 novembro, 2024
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