Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Em disputa por território, cervos do Pantanal travam as galhas e morrem afogados - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
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Em disputa por território, cervos do Pantanal travam as galhas e morrem afogados

Há 3 dias, animais foram flagrados mortos, boiando e com as galhas entrelaçadas.

Por Viviane Freitas | 6 julho, 2021 - 8:54

Em um dos locais mais preservados de Mato Grosso do Sul, o Rio Salobra é um refúgio de espécies de diferentes biomas e é por onde atravessam rios cristalinos. E foi neste local, há 3 dias, que cervos do Pantanal foram flagrados mortos, boiando e com as galhas entrelaçadas.

O advogado Valtemir Mendes, de 59 anos, estava em um passeio, acompanhado da esposa e o proprietário da fazenda, Gerson Prata, de 65 anos, quando viram os animais.

“Ali é uma região onde é possível ver os cervos, mas, desta forma eu nunca tinha visto nada parecido. Nós comunicamos a PMA [Polícia Militar Ambiental] e eles explicaram que seria uma disputa por território. É uma imagem muito significativa”, afirmou ao OSM Valtemir.

Presente na região há 20 anos, Gerson também disse que nunca tinha visto os animais desta forma. “Eu rapidamente acionei a PMA e também avisei o pessoal da Imasul [Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul], já que eles tem um projeto no local. Eles desconfiaram de uma briga dos animais desde o início e depois, quando viram que os chifres estavam muito entrelaçados, constataram que eles morreram brigando”, explicou.

Levados para a beira do rio, os animais foram avaliados. “Eles desceram cerca de 30 km, vieram com a correnteza. Gosto muito de animais e já tinha presenciado uma briga entre cervos na África, mas, no seco e não na água. É a natureza e suas belezas. Aqui é um rio de conservação ambiental, onde é proibido pescar, andar com trabalhas e peixe e até para o motor existem as regras”, comentou.

Cervos foram avaliados pela PMA após serem flagrados no Rio Salobra (MS) — Foto: Gerson Prata/Arquivo Pessoal

O tenente-coronel Ednilson Queiroz, da PMA, ressaltou que uma equipe foi ao local e avaliou o que pode ter ocorrido.

“Eles provavelmente brigaram, acabaram entrelaçando as galhas e, desta forma, vem o cansaço, o estresse profundo e ali morreram afogados. Não há nenhum outro sinal de algo diferente no local e a água contribuiu para a morte. Como na natureza nada se perde, ocorre a cadeia alimentar e eles se transformam em alimento”, finalizou.

 

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