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‘Pantanal em Chamas’, filme sobre incêndios do pantanal estreia sexta-feira no Globoplay

Obra retrata os incêndios do pantanal e exalta a urgente de se restabelecer a conexão entre homem e natureza

Por Viviane Freitas | 10 novembro, 2021 - 10:37

Era a 50ª viagem de Lawrence Wahba ao Pantanal. Ele só não sabia que presenciaria o início de um dos maiores incêndios da história do bioma. O que parecia ser um grande desastre – e de fato foi – se transformou também na oportunidade de registrar um dos momentos mais difíceis já enfrentados pela maior planície alagada do planeta e chamar atenção do mundo para a necessidade da preservação ambiental.

O documentário “Jaguareté-Avá: Pantanal em Chamas” tem previsão de estreia para 12 de novembro, no Globoplay, quando se comemora Dia do Pantanal.

O Filme

“O documentário traz minha visão de dentro dos incêndios do Pantanal, daquele cenário de guerra. Mas, também traz a força da corrente que se formou para ajudar o Pantanal, e a contar essa história.”, comenta Lawrence Wahba.

Desde a primeira até a última gravação foram 100 horas de material captado. As imagens foram feitas pelo documentarista, mas também por brigadistas, veterinários e voluntários atuantes na região. Miranda, Serra do Amolar, Porto Jofre, Transpantaneira, Parque Nacional do Pantanal e Parque Estadual Encontro das Águas estão retratados no filme.

“Cheguei a ouvir os gritos dos animais. Vi todos eles mortos depois. Dentro de alguns combates em que eu estava junto com os brigadistas, a gente viu animais queimados, morrendo na minha frente. É uma tristeza que não cabe no coração. Como se estivesse pegando fogo na nossa própria casa e os nossos animais de estimação estivessem morrendo na nossa frente”, descreve o documentarista.

Mais ação

Apesar de o filme trazer cenas fortes de destruição, morte e fogo, o documentarista acredita que o foco agora precisa ser na área preservada do bioma, que teve 26% de sua área alagada tomada pelos incêndios.

“O que ouço dos cientistas, do pessoal da Embrapa, UFMT, UFMS, e de várias universidades de um grupo que faço parte, e está cheio de especialistas, é que queimou 26% do Pantanal, mas não 74%. Então precisamos cuidar muito bem do que sobrou”, afirma.

Lawrence ressalta três pontos de atuação importantes, que envolvem uma união de forças, para o combate dos incêndios que devem voltar a ocorrer:

  • Prevenção: “Isso é feito através de educação ambiental e do manejo integrado do fogo feito com queimadas preventivas supervisionadas pelos órgãos e autorizadas pelos órgãos responsáveis”.
  • Combate: “Deve ser feito de forma planejada e organizada usando brigadistas locais das comunidades, fazendas, quilombos, aldeias indígenas. Esses brigadistas devem ser bem treinados, equipados e ter uma ação integrada aos órgãos federais, estaduais e municipais para um combate inteligente e com uso eficiente de recursos”.
  • Punição: “Nossa legislação precisa ser mais severa e as pessoas que fizerem queimadas e perderem o controle delas, sejam acidentais ou principalmente as propositais, devem ser devidamente processadas, julgadas e condenadas dentro da lei”.

Futuro

Mais que um filme sobre o que aconteceu, o documentário tem como objetivo chamar atenção da sociedade para a “urgente necessidade de preservação do bioma”.

“O planeta está sendo destruído e não podemos ficar indiferentes a isso”, finaliza Lawrence Wahba

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