Por João Paulo Ferreira | 9 novembro, 2024 - 13:34
A pecuária de corte é a principal fonte de emprego e geração de riqueza nos nove municípios que compõem o Pantanal sul-mato-grossense. Com um faturamento anual de R$ 1,83 bilhão, o setor ocupa o primeiro lugar no ranking de atividades econômicas da região, sendo responsável por 76% do total de postos de trabalho, o que representa aproximadamente 13.158 empregos diretos. As atividades ligadas à pecuária de corte, além de sua relevância econômica, são um dos pilares do desenvolvimento social da região, que, com mais de 278 mil habitantes, contribui com 10% da população do estado de Mato Grosso do Sul.
Com forte presença em Corumbá, que detém o segundo maior rebanho de bovinos do Brasil, o bioma pantaneiro conta com 5,4 milhões de animais em seu território, o que equivale a 29,29% do rebanho do estado. O município de Corumbá sozinha concentra 38,8% do rebanho pantaneiro, com mais de 2,1 milhões de cabeças de gado. A pecuária bovina no Pantanal não só representa uma fonte de trabalho e renda, mas também tem mostrado crescimento nos últimos anos, com aumento de 8% no rebanho entre 2014 e 2023, além de uma produtividade maior de 0,84 cabeças por hectare, o que representa um aumento de 5% na produtividade da região.
Em termos de capacitação, o Senar/MS tem atuado diretamente para o desenvolvimento da região, oferecendo Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) a mais de mil produtores rurais e promovendo mais de 300 cursos presenciais e a distância nas nove cidades pantaneiras. Até outubro de 2024, mais de 8 mil pessoas foram capacitadas, com destaque para a formação de profissionais em pecuária, a principal atividade econômica da região. A pecuária de corte no Pantanal tem se mantido em harmonia com o meio ambiente, com 84% das áreas ainda preservadas por vegetação nativa, o que contribui para a sustentabilidade do setor.
Além da bovinocultura, outras atividades também contribuem para a economia da região. A criação de ovinos tem destaque em Corumbá, que lidera o ranking estadual com 14.996 cabeças, enquanto Aquidauana e Porto Murtinho ocupam a segunda e a quarta posição, respectivamente. A suinocultura, especialmente no município de Rio Verde de Mato Grosso, também tem mostrado potencial de crescimento, com ampliação no número de matrizes e um futuro promissor no setor.
O fortalecimento do setor agropecuário no Pantanal está diretamente ligado à profissionalização dos gestores e trabalhadores do campo. O número crescente de instituições de ensino, com 216 escolas oferecendo ensino básico e outras 10 oferecendo cursos técnicos e superiores, é fundamental para garantir a continuidade do crescimento e a rentabilidade do setor, tornando-o ainda mais sustentável e competitivo no cenário estadual e nacional.
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