Queimadas destruíram mais de 5 mil hectares do Pantanal de Corumbá

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Dois incêndios que começaram na quarta-feira (29) e no sábado (1º), no Pantanal de Corumbá, já queimaram 5.634 hectares de vegetação, segundo o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

O primeiro incêndio ocorre em uma área remota, próxima ao Rio Paraguai-Mirim, onde brigadistas enfrentam dificuldades por pisarem em áreas alagadas. Eles chegaram ao local de helicóptero, enviados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública. Nesta região, onde as chamas avançam rapidamente, já foram queimados 3.311 hectares. Os bombeiros utilizam sopradores para combater o fogo.

O segundo incêndio está mais próximo da área urbana, obrigando os moradores de Corumbá a respirar fumaça. No domingo (2), o horizonte avermelhado pela queima assustou os moradores. Esta área afetada está perto da captação de água do Rio Paraguai pela Sanesul, que abastece Corumbá e Ladário. Os bombeiros, junto com a equipe PrevFogo do Ibama, dividem-se em duas frentes de combate, uma próxima à rede de captação de água e outra perto da Ilha Tagiloma. Nesta manhã, um sobrevoo com três militares está planejado para traçar novas estratégias de combate. Até agora, 2.323 hectares foram queimados.

“Estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para enfrentar essa situação desafiadora”, afirmou o Corpo de Bombeiros em nota.

De acordo com a plataforma de monitoramento por satélite e de alerta de incêndios da Lasa, da UFRJ, a área queimada em Corumbá entre 1º de janeiro e 4 de junho deste ano é de 103.700 hectares, cerca de um terço do total registrado no ano passado (333.425 hectares). Em maio deste ano, 7.625 hectares foram consumidos pelo fogo, comparados aos 925 hectares no mesmo período em 2023. Esses dados são baseados em alertas e ainda não estão consolidados.