Por João Paulo Ferreira | 12 dezembro, 2024 - 11:00
Um menino de 6 anos foi atacado por um enxame de abelhas e sofreu mais de 1.100 picadas em uma chácara na região de Sidrolândia, a cerca de 68 quilômetros de Campo Grande. O garoto, que estava acompanhado do padrasto no momento do ataque, foi socorrido em estado grave e levado ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, onde recebeu tratamento intensivo. O caso ocorreu no dia 1º de dezembro, mas só foi divulgado nesta semana.
De acordo com o médico toxicologista Sandro Benites, do Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), o ataque poderia ter sido fatal. “Mais de 100 picadas já podem ser letais em crianças, e mais de 500 em adultos. Com mais de 1.000 picadas, é comum termos óbitos até em animais de grande porte”, explicou o médico.
O menino ficou em coma, precisou de ventilação mecânica e passou por sessões de hemodiálise devido à insuficiência renal provocada pelo veneno das abelhas. Na última quarta-feira (11), ele foi extubado, abriu os olhos e já apresenta sinais de recuperação, embora continue internado e em acompanhamento médico.
Agravamento e atendimento imediato foram cruciais
O atendimento rápido na UTI foi determinante para salvar a vida do garoto. O toxicologista Benites destacou que casos de ataques por enxames de abelhas têm se tornado mais frequentes, especialmente devido ao comportamento das abelhas-africanas, conhecidas por sua agressividade e ataques em grupo.
“O suporte avançado foi essencial para essa criança sobreviver. A intoxicação foi controlada, mas o caso ainda requer acompanhamento médico contínuo”, ressaltou.
Período de maior risco e prevenção
Benites alertou que ataques de enxames são mais comuns nesta época do ano, especialmente em regiões onde há cultura de plantio de eucalipto, que favorece a formação de novas colmeias entre dezembro e março.
Em situações de ataque, a orientação é correr em linha reta para se afastar do enxame e procurar imediatamente uma unidade de saúde para atendimento especializado. Em casos graves, como o do menino, são necessários procedimentos como ventilação mecânica, hemodiálise e o uso de corticoides e antialérgicos.
A família do garoto, que reside em Sidrolândia, relatou momentos de alívio com a recuperação inicial e agradeceu o suporte médico recebido. O padrasto da criança também foi ferido, mas não sofreu complicações graves.
20 dezembro, 2024
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