Por João Paulo Ferreira | 22 julho, 2024 - 16:35
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul está investigando a morte de Kemilly Vitoria Alves de Oliveira Barros, de 6 anos, que faleceu após receber atendimento médico no Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, em Três Lagoas, no dia 16 de julho. A mãe da criança alega que houve erro médico e negligência durante o tratamento.
Kemilly foi levada inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido a vômitos e dores na garganta. Após exames de sangue e urina, a criança foi diagnosticada com desidratação e alterações nos exames. Foi então encaminhada ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora para exames avançados e tratamento mais técnico. No entanto, devido à falta de vagas, Kemilly foi transferida para o Hospital Regional.
No Hospital Regional, a menina foi atendida por uma médica que questionou a mãe sobre possíveis alergias a medicamentos. A mãe informou que Kemilly nunca havia ingerido os medicamentos mencionados. Após a aplicação de um medicamento na veia, Kemilly começou a apresentar coceiras e aumento das dores estomacais. A situação agravou-se durante a madrugada, quando uma enfermeira notou que o braço da criança estava inchado e coberto de erupções, indicando uma possível reação alérgica.
Kemilly foi então levada à UTI, onde passou por procedimentos invasivos, incluindo entubação e a colocação de drenos no pulmão devido a suspeitas de perfuração e pneumotórax. A mãe relatou que notou agitação dos funcionários e ouviu gritos da filha. A situação se deteriorou e, após sofrer duas paradas cardíacas, Kemilly não resistiu e faleceu às 16h58 do dia 16 de julho.
O hospital, em nota oficial, afirmou que Kemilly deu entrada com um quadro grave de sepse, uma infecção que se espalha pelo organismo. A equipe médica relatou que a necessidade de entubação e a colocação de drenos foram medidas necessárias devido ao estado crítico da paciente.
A mãe de Kemilly contestou a versão do hospital, destacando que a filha estava bem até ser medicada no Hospital Regional. Ela denunciou o hospital por erro médico e maus-tratos, afirmando que a instituição é conhecida por mortes de crianças. A mãe fez um apelo nas redes sociais pedindo justiça para a filha.
A Polícia Civil continua a investigar o caso, registrado como morte a esclarecer. A instituição solicitou a entrega de documentos, incluindo o atestado de óbito e imagens das unidades de saúde onde Kemilly foi atendida.
23 novembro, 2024
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