Por João Paulo Ferreira | 24 abril, 2024 - 15:49
Alexandre Nardoni, atualmente com 46 anos e condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, segue casado com Anna Carolina Jatobá e afirma ter um bom relacionamento com sua família. Ele expressou o desejo de retornar a morar e trabalhar com seu pai assim que for possível. Essas informações foram reveladas em um exame criminológico detalhado, requisitado pela Justiça de São Paulo para avaliar a possibilidade de Nardoni ser reintegrado à sociedade. Este exame foi divulgado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Nardoni, que foi julgado e considerado culpado em 2010 pelo homicídio de Isabella, então com apenas 5 anos, cumpre pena no regime semiaberto na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé. A defesa solicitou a progressão de regime no início do mês, enquanto o Ministério Público de São Paulo se opõe à liberação, classificando Nardoni como um “criminoso atroz, cruel e desumano”.
Durante o período de reclusão, Nardoni participou de entrevistas com uma equipe multidisciplinar e discutiu sua infância, o crime, e sua rotina no sistema penitenciário. Os resultados das avaliações psicológica, social e psiquiátrica indicaram que Nardoni é “lúcido”, “cooperativo”, e “globalmente orientado”, não apresentando contraindicações para progressão penal no momento. Ele também relatou manter o relacionamento com Jatobá, com quem se casou em 2008 e tem dois filhos de 16 e 19 anos. O casal troca cartas semanalmente, já que Jatobá cumpre pena em regime aberto e não o visita na prisão.
Nardoni expressou que, ao ser posto em liberdade, deseja residir na casa do pai, onde também viveriam seus filhos e um irmão adolescente, e trabalhar na empresa de construção civil do pai. Este plano ganhou força especialmente após a morte de sua mãe em fevereiro de 2024, que o visitava semanalmente na prisão. Agora, é o pai de Nardoni quem o visita regularmente.
Antes de ser preso, Nardoni trabalhou como office boy, gerenciou lojas de roupa e atuou como consultor jurídico. Na prisão, ele se envolveu em trabalhos como faxina e jardinagem, o que contribuiu para a redução de 990 dias de sua sentença. A equipe da SAP notou uma reestruturação em seus valores éticos e morais, atribuída à sua ética de trabalho e ao forte vínculo familiar, que o sustentou durante o período de reclusão e tem sido fundamental para seu planejamento de reintegração à sociedade.
A conclusão dos profissionais que realizaram o exame criminológico é que os planos de Nardoni são realistas e que ele demonstra capacidade de manter vínculos e aderir à dinâmica institucional, exibindo um controle adequado de seus impulsos, o que favorece sua reintegração.
23 novembro, 2024
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