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Após 7 anos, acusados de morte de jovem com mangueira de ar em lava-jato vão para a cadeia

Dono de lava a jato e empregado foram sentenciados a 12 anos de prisão; defenderam-se dizendo que introduziram equipamento de lavar carros em parte íntima do corpo da vítima por 'brincadeira'

Por Viviane Freitas | 20 fevereiro, 2024 - 8:46

Foto: Redes Sociais

O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Júri de Campo Grande, determinou a prisão de Thiago Giovanni Demarco Sena, de 27 anos, e William Enrique Larrea, de 37 anos, ambos condenados pela morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, no final de março do ano passado.

A vítima trabalhava em um lava a jato de propriedade de Thiago. No dia 3 de fevereiro de 2017, o empresário, junto com William, também funcionário do estabelecimento, realizou um ato que resultou na fatalidade, alegando ser uma “brincadeira”. O adolescente teve uma mangueira introduzida em seu ânus, equipamento utilizado para a lavagem de carros, o que resultou em sérias complicações de saúde. Após 11 dias internado, Wesner veio a falecer em 14 de fevereiro de 2017.

Condenados a 12 anos de prisão, os dois réus tiveram suas sentenças confirmadas após recurso. Agora, devem ser encarcerados.

Desde o incidente, os réus permaneceram em liberdade. Após prestarem depoimento dias após a morte do adolescente, foram liberados, mantendo a versão de que a ação não tinha a intenção de causar danos fatais, mas apenas de “brincar”.

Segundo consta na denúncia da 18ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, durante o expediente no lava a jato, a vítima, em tom de brincadeira, teria solicitado a compra de uma Coca-Cola ao dono do estabelecimento, o que desencadeou a ação que resultou em sua morte.

A denúncia relata que, após uma sequência de eventos, Thiago e William utilizaram a mangueira de ar para introduzi-la no ânus da vítima, levando-a a passar mal e posteriormente falecer.

No julgamento, Thiago Giovanni Demarco Sena afirmou não ter conhecimento do potencial destrutivo da mangueira de ar. Segundo ele, a ação foi uma brincadeira em que todos os envolvidos participavam regularmente, e que não imaginava que isso poderia resultar em danos sérios ou morte.

William Enrique Larrea confirmou a versão de Thiago, afirmando que todos eram amigos e que a ação foi uma brincadeira que deu errado.

A mãe de Wesner, Marisilva Moreira, em entrevista ao Correio do Estado, expressou seu desejo de justiça e ressaltou o sofrimento causado pela perda do filho. Ela espera que o júri conceda a pena máxima aos réus.

Até o momento desta redação, não foi confirmado se os réus já foram encarcerados. A reportagem tentou entrar em contato com a defesa dos acusados, aguardando manifestação para atualização do caso.

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