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Caso Sophia: Júri da mãe e do padrasto pela morte de menina de 2 anos começa em Campo Grande

Réus respondem por homicídio com crueldade e motivo fútil; Padrasto também é acusado de estupro e mãe de omissão

Por João Paulo Ferreira | 4 dezembro, 2024 - 13:50

Teve início nesta quarta-feira (4) o júri popular de Stephanie de Jesus e Christian Campoçano, acusados pela morte de Sophia Jesus Ocampos, de 2 anos, em janeiro de 2023. O julgamento ocorre no Tribunal do Júri de Campo Grande e deve durar dois dias. Stephanie é acusada de homicídio por omissão, enquanto Christian responde por homicídio com crueldade e motivo fútil, além de estupro.

Sophia morreu no dia 26 de janeiro de 2023 e foi levada já sem vida pela mãe à UPA do bairro Coronel Antonino. A mãe admitiu saber que a criança já estava morta antes de procurar a unidade de saúde. Um laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) apontou que a causa da morte foi traumatismo na coluna cervical, que levou ao acúmulo de sangue na cavidade torácica. Também foi confirmada violência sexual não recente.

Dinâmica do julgamento

A expectativa é que o julgamento termine até a noite de quinta-feira (5). O número de testemunhas, inicialmente 12, foi reduzido para 10, o que pode encurtar a duração do processo. Durante a manhã desta quarta-feira, foram ouvidas testemunhas da acusação, incluindo um investigador de polícia, uma médica e um médico legista, além de algumas testemunhas de defesa de Stephanie.

À tarde, cinco testemunhas de defesa de Christian depõem, com previsão de encerramento dessa etapa até o início da noite. Na sequência, os réus devem ser interrogados.

A quinta-feira será dedicada aos debates entre a acusação, representada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), e a defesa. Após os debates, será feita a votação dos quesitos pelo júri e, em seguida, a leitura da sentença.

O contexto da morte

Conforme os registros médicos de Sophia, a menina foi atendida 30 vezes em unidades de saúde de Campo Grande antes de sua morte, incluindo consultas após sofrer uma fratura na tíbia. O histórico chamou a atenção das autoridades e foi utilizado como base para as acusações contra Stephanie, apontada como negligente, e contra Christian, acusado de abusos físicos e sexuais que culminaram na morte da criança.

A investigação concluiu que Sophia sofreu traumatismo na coluna cervical, que causou acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica, levando ao óbito. O laudo também descreveu sinais de abuso sexual.

As acusações e os possíveis desdobramentos

Stephanie é acusada de omissão dolosa, pois, segundo o Ministério Público, teria permitido os abusos sofridos pela filha e não procurado ajuda para interrompê-los. Já Christian enfrenta acusações de estupro e de homicídio qualificado, com base na crueldade e no motivo fútil que caracterizaram as agressões.

A conclusão do julgamento deverá trazer respostas à sociedade, que acompanha com atenção um caso marcado pela violência e pela negligência.

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