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Julgamento do Caso Sophia é adiado pela justiça após apelações de defesa

Mãe e padrasto acusados enfrentam atraso no processo legal, alterando o cronograma do tribunal

Por João Paulo Ferreira | 11 janeiro, 2024 - 15:56

Foto: Jéssica Benitez

O julgamento de Stephanie de Jesus e Christian Campoçano, acusados no caso da morte da menina Sophia O’Campo, de 2 anos, enfrenta um adiamento significativo. O juiz Aluízio Pereira dos Santos retirou o caso da pauta, que estava marcado inicialmente para os dias 12 a 14 de março, após a entrada de apelações pelas defesas dos réus.

As apelações foram apresentadas no dia 19 de dezembro, e o magistrado as aceitou, levando à decisão de retirar o júri de pauta até que novas razões e contrarrazões sejam apresentadas pelos acusados. Stephanie de Jesus e Christian Campoçano pretendem incluir novos argumentos no processo, com o objetivo de melhorar sua situação processual.

Os réus enfrentam acusações graves. Eles vão responder por homicídio qualificado, empregado de maneira cruel e por motivo fútil. Adicionalmente, Christian Campoçano também será julgado por estupro, enquanto Stephanie de Jesus responde por omissão. Ambos estão presos preventivamente desde janeiro de 2023.

Sophia O’Campo, a vítima, faleceu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada já sem vida pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Coronel Antonino. O médico legista determinou que o óbito ocorreu aproximadamente sete horas antes da chegada à unidade.

O histórico médico de Sophia revela um padrão preocupante de frequentes visitas a unidades de saúde. Registra-se que ela passou por 30 atendimentos médicos em diferentes unidades de saúde de Campo Grande, incluindo um tratamento por fratura na tíbia.

No depoimento, a mãe de Sophia, Stephanie de Jesus, confirmou que estava ciente da morte da filha ao procurar a unidade de saúde. O laudo de necropsia, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), indicou traumatismo na coluna cervical como causa da morte e confirmou que a menina havia sido vítima de estupro.

Além disso, a declaração de óbito apontou o trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica, como causa da morte. O documento também menciona que Sophia sofreu “violência sexual não recente”.

Este caso gerou grande comoção e coloca em debate questões importantes relacionadas à segurança das crianças e à responsabilidade dos cuidadores. A sociedade aguarda ansiosamente a resolução deste caso trágico e a aplicação da justiça.

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