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Mãe de Sophia quebra o silêncio e pela 1ª vez culpa marido pela morte da criança

Stephanie afirmou que as agressões a ela e a filha eram frequentes e até revelou que o padrasto da menina era dependente químico

Por Viviane Freitas | 6 dezembro, 2023 - 8:47

Primeira a ser ouvida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, durante audiência sobre o caso Sophia, na tarde desta terça-feira (5), Stephanie de Jesus da Silva culpou o ex-companheiro, Christian Campoçano Leitheim pela morte da menina, ocorrida em janeiro deste ano.

Stephanie afirmou que as agressões a ela e a filha eram frequentes e até revelou que o padrasto da menina era dependente químico.

Diferente da audiência anterior sobre o caso, ocorrida no mês passado, assim que sentou no banco dos réus, Stephanie afirmou que iria responder a todas as perguntas do juiz.

Ao ser questionada sobre o estado insalubre da casa onde a família morava com a menina, a ré disse que trabalhava de segunda a sábado, e por isso não tinha como manter a casa em melhores condições de limpeza. “O meu pior erro foi ter tido um relacionamento com ele (Christian)”, comentou.

Conforme Stephanie, o casal estava morando junto há 6 meses, quando ocorreu a morte de Sophia. Conforme a mãe, o companheiro era viciado em cocaína e “abusava dos meios de correção” da enteada.

Christian teria dado cintadas e até murros nos filhos, durante os surtos de raiva. Stephanie alegou já ter apanhado do companheiro ao tentar defender a filha. “Fiquei com a perna preta e olho roxo por conta das agressões”, disse.

Enquanto prestava depoimento, a mãe chorou e disse que “jamais teria coragem de agredir a filha”.

Conforme Stephanie, ela só não denunciou as agressões antes por medo de perder a guarda da filha para o pai da menina, Jean Ocampo. “Me sinto culpada por não ter feito nada antes”, afirmou.

No dia da morte, ao ver que a menina estava passando mal, Christian teria levado a criança até o banheiro. No local, acredita Stephanie, teriam ocorrido as agressões. Em seguida, Christian teria feito massagem cardíaca e boca a boca na menina, antes da mãe decidir levá-la até a Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino.

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